Notícias Notícias

Voltar

Defesa de Tese de Doutorado n.º 5 em 2020

“FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO INDICADORES AMBIENTAIS NO COMPLEXO ESTUARINO DE SUAPE (PE)”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 5 em 2020

 

Aluno(a): Taiana Regina Silva de Oliveira

 

Orientador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos

 

Coorientador(a): Prof.ª Dr.ª Patrícia Pinheiro Beck Eichler (UNISUL)

 

Título: “FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO INDICADORES AMBIENTAIS NO COMPLEXO ESTUARINO DE SUAPE (PE)”

 

Data: 05/03/2020

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Reunião do Programa de Pós-Graduação em Geociências (sala 326), localizada no 3.º (terceiro) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Claudia Gutterres Vilela (UFRJ)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. André Rosch Rodrigues (UFES)

5.º Examinador(a): Dr.ª Geise de Santana dos Anjos Zerfass (PETROBRAS)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Robbyson Mendes Melo (UFPE)

 

Resumo:

 

Este estudo visa avaliar a influência da construção do Complexo Industrial Portuário de Suape nas assembleias de foraminíferos bentônicos e suas respostas às características do substrato (teores de carbonato de cálcio, matéria orgânica total, metais pesados, nitrogênio e granulometria) do sistema estuarino-lagunar de Suape. Essas análises orientaram os 3 manuscritos que compõem a tese. Foi realizado um estudo piloto da área correlacionando as assembleias de foraminíferos aos conteúdos de matéria orgânica, carbonato de cálcio (CaCO3) e granulométricos de subambientes do estuário dos rios Tatuoca e Massagana. Posteriormente, foram feitas 42 amostragens nos sistemas estuarinos dos rios Massangana/Tatuoca e Ipojuca/Merepe para reconhecimento das associações de foraminíferos bentônicos. Os conteúdos de nitrogênio (%N), matéria orgânica total, CaCO3 e metais pesados foram analisados em 17 amostras a fim de compreender o padrão de distribuição das assembleias foraminíferas na Baía de Suape. Os sedimentos litoclásticos e arenosos dominaram, com áreas preferenciais de deposição de sedimentos finos e maiores teores orgânicos no canal de acesso portuário interno. As estações de sedimentos finos apresentaram elevados conteúdos de metais pesados e índicios de eutrofização (%N), com presença da associação Ammonia tepida e Eggerella spp., tolerantes à redução de oxigênio, e invasoras em regiões portuárias. A estação de coleta com granulação mais grossa apresenta dominância de macroforaminíferos Archaias angulatus, demonstrando um ambiente de alta hidrodinâmica de ondas. Valores mais altos de diversidade são encontrados nas baías, diminuindo em direção às porções internas de ambos os sistemas. A dominância de A. tepida nas porções internas das baías sugere instabilidade ambiental e poluição das águas costeiras. Os estuários dos rios Ipojuca e Merepe apresentaram o melhor índice ecológico, possivelmente atribuído à influência dos manguezais, estuários e águas marinhas na manutenção da diversidade das espécies. Os sedimentos com características lamosas e altos teores de matéria orgânica influenciaram diretamente na composição das associações foraminíferas. Correlacionadas a estas lamas encontram-se elevados percentuais de metais pesados e nitrogênio, indicando eutrofização da região do canal interno do porto, o que viabiliza o estabelecimento da associação A. tepida e Eggerella spp.. Os dados sugerem o controle das espécies Eggerella spp. e das cargas poluidoras de esgotamento doméstico e industrial lançadas no Complexo estuarino-lagunar de Suape.

 

Palavras-chave: Foraminíferos bentônicos; Metais pesados; Estuário; Sedimentos; Porto; Dragagem.