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Defesa de Tese de Doutorado n.º 12 em 2019

“CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA, SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DO TOPO DA CAMADA CARBONÁTICA DO NÍVEL C6 DA FORMAÇÃO CRATO (PRÉ-SAL APTIANO) DA BACIA DO ARARIPE, NE DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 12 em 2019

 

Aluno(a): Ana Cláudia da Silveira

 

Orientador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann

 

Coorientador(a): Prof.ª Dr.ª Lúcia Maria Mafra Valença (UFPE)

 

Título: “CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA, SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DO TOPO DA CAMADA CARBONÁTICA DO NÍVEL C6 DA FORMAÇÃO CRATO (PRÉ-SAL APTIANO) DA BACIA DO ARARIPE, NE DO BRASIL”

 

Data: 09/09/2019

 

Horário: 15h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Marcela Marques Vieira (UFRN)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Alex Souza Moraes (UFRPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Enjôlras de Albuquerque Medeiros Lima (CPRM-Recife)

 

Resumo:

 

O pré-sal, intervalo sedimentar encontrado nas bacias de Campos e Santos, é um dos maiores campos petrolíferos do subsolo marinho que atrai muito interesse desde a sua descoberta. Por estar localizado em águas profundas e por apresentar uma grande variedade litológica, torna-se difícil o seu estudo para a elaboração de um modelo de reservatório, o que leva a realização de estudos de modelos análogos. Nesse contexto, a Bacia do Araripe destaca-se por possuir bons afloramentos na sucessão de carbonatos lacustres Aptianos (Andar Alagoas), da Formação Crato, que são semelhantes aos carbonatos que ocorrem no pré-sal. O objetivo deste trabalho foi caracterizar sedimentologicamente, estratigraficamente e geoquimicamente os carbonatos do topo da Formação Crato (nível C6), e verificar o comportamento hidrológico da fase final deste paleolago e observar a provável origem uma vez que, vários estudos indicam que são de origem microbial e outros que foram formados por precipitação química em condições de hipersalinidade. Para tanto, foram estudados sete afloramentos na região que abrange os municípios de Santana do Cariri, Crato, Arajara, Barbalha, Nova Olinda e Porteiras. Nas amostras coletadas foram feitas análises petrográficas por microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e catoluminescência, além de análises geoquímicas de isótopos estáveis de C e O e Fluorescência de raios-X com os elementos maiores (SiO2, Al2O3, Fe2O3t, MgO, CaO, Na2O, K2O, TiO2, P2O5, MnO e PF). Os calcários laminados foram classificados como calcilutitos com dominância de matriz micrítica ricos em óxidos de ferro, apresentando pirita framboidal e alguns ostracodes. Foram observadas estruturas rúpteis como microfalhas e microfraturas, estas muitas vezes estão preenchidas (veios) por calcita blocosa ou fibrosa; e alguns poros preenchidos por sílica, calcita e gipsita; estruturas dúcteis como microslumps e loop bedding; e porosidades dos tipos fratura, vugular e fenestral. Os valores de delta13C variaram entre -18,22 e 2,01‰ VPDB e os valores de delta18O variaram entre -8,25 e 0,23‰ VPDB. Os valores baixos de delta13C e delta18O (mais para negativos) têm sido relacionados a níveis mais elevados do lago e às condições de água doce (salinidade < 1), durante a precipitação dos carbonatos. Os valores obtidos de delta13C e delta18O sugerem o predomínio de um paleolago hidrologicamente fechado. Os resultados geoquímicos associados aos resultados petrográficos forneceram informações que indicam que a origem do carbonato do topo C6 da Formação Crato está ligada à precipitação química, apenas. Por não terem sido identificados micro-organismos que pudessem evidenciar a influência microbial na gênese dos carbonatos estudados neste trabalho.

 

Palavras-chave: Calcário laminado; Formação Crato; Bacia do Araripe.