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Defesa de Tese de Doutorado n.º 1 em 2020

“PALEOHISTOLOGIA DE MAMÍFEROS ENCOURAÇADOS (XENARTHRA, CINGULATA): ASPECTOS TAXONÔMICOS, PALEOBIOLÓGICOS E BIOMECÂNICOS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 1 em 2020

 

Aluno(a): Yumi Asakura Bezerra de Oliveira

 

Orientador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira

 

Coorientador(a): -

 

Título: “PALEOHISTOLOGIA DE MAMÍFEROS ENCOURAÇADOS (XENARTHRA, CINGULATA): ASPECTOS TAXONÔMICOS, PALEOBIOLÓGICOS E BIOMECÂNICOS”

 

Data: 30/01/2020

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gustavo Ribeiro de Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário André Trindade Dantas (UFBA)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Jorge Luiz Lopes da Silva (UFAL)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Kleberson de Oliveira Porpino (UERN)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Marcia Cristina da Silva (UFAL)

 

Resumo:

 

Os osteodermos encontrados em xenartras (tatus, pampatérios, gliptodontes e algumas preguiças) apresentam alto potencial de fossilização e proporcionam inúmeras informações sobre a paleobiologia das espécies fósseis do grupo. A presente tese tem como objetivo descrever a variação microestrutural nos ossos dos cingulatas e mostrar a importância da paleohistologia como ponto de partida para um melhor conhecimento dos táxons extintos. Foi analisado a paleohistologia dos osteodermos de Pampatherium humboldti, Holmesina paulacoutoi, Pachyarmatherium brasiliense, Glyptodon sp., Glyptotherium sp., Doedicurus clavicaudatus e Hoplophorus euphractus, além de um osso longo do gliptodonte Hoplophorus euphractus. A análise demostrou como o padrão da microestrutura óssea dos osteodermos, refletido principalmente no tipo de arranjo das fibras de colágeno e na morfologia das lacunas dos osteócitos, é útil nas inferências sobre a paleobiologia dessas espécies extintas. Os diferentes táxons apresentam grande variação histológica, desde tecidos muito remodelados à tecidos derivados de uma combinação da osteogênese dinâmica e estática. Nas trabéculas dos osteodermos está presente prioritariamente um tecido ósseo lamelar, mais organizado que nas outras regiões do osso, onde a característica mais variável dentre as espécies é o tamanho e distribuição das áreas trabeculares. A microestrutura do úmero de H. euphractus, descrita aqui pela primeira vez, mostra um osso derivado de osteogênese dinâmica, onde lacunas de osteócitos alongadas e fibras de colágeno com orientação preferencialmente transversal são visíveis. A análise da microestrutura do osteodermo de P. brasiliense mostra uma proximidade da espécie com o padrão esperado para dasipodídeos, indicando uma possível afinidade com este grupo. Além disto, características como aumento da espessura da camada esponjosa na zona do meio e presença de tecidos ósseos com alto nível de organização das fibras de colágeno podem ser considerados adaptações biomecânicas para os osteodermos dos gliptodontes. Em relação ao desenvolvimento do osteodermo, indícios de ossificação metaplástica e crescimento periosteal são vistos em todos os espécimes. Portanto, as características descritas para ambos tipos de ossos indicam adaptações ao estilo de vida desses animais extintos.

 

Palavras-chave: Osteodermo; Paleohistologia; Gliptodonte; Pampatério; Microestrutura óssea.

 

Data da última modificação: 29/01/2020, 11:40