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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2020

“ESTRATIGRAFIA MECÂNICA DE LAMINITOS APTIANOS DA BACIA DO ARARIPE: APLICAÇÃO À CARACTERIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS NATURALMENTE FRATURADOS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2020

 

Aluno(a): Araly Fabiana Lima de Araújo

 

Orientador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Tiago Siqueira Miranda

 

Título: “ESTRATIGRAFIA MECÂNICA DE LAMINITOS APTIANOS DA BACIA DO ARARIPE: APLICAÇÃO À CARACTERIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS NATURALMENTE FRATURADOS”

 

Data: 21/10/2020

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet.

Link da transmissão ao público: http://meet.google.com/wwh-stxs-vrh

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Francisco Cézar Costa Nogueira (UFCG)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Igor Fernandes Gomes (UFPE)

 

Resumo:

 

Em reservatórios compostos por rochas calcárias de baixa permeabilidade as redes permoporosas representadas por sistemas de fraturas representam aspecto crítico para a compreensão de processos hidromecânicos. O presente estudo trata da influência de processos deposicionais e diagenéticos na estratigrafia mecânica e na distribuição de fraturas em calcários laminados do intervalo C6 (com cerca de 15m de espessura) da Formação Crato (Aptiano), Bacia do Araripe. A abordagem incluiu a varredura integral de superfícies de afloramentos em exposições de minerações, e a construção de painéis fotográficos de alta resolução. Foi executada a construção de seções estratigráficas de 20 cm de largura escala 1:1, para simular informação de poços (pseudo-poços). O conceito de petrofácies foi aplicado na descrição dos perfis, que também incluíram a aquisição de dados de emissões gama, e de resistência mecânica in situ. Plugues foram coletados ao longo dos perfis e dos afloramentos para execução de ensaios de compressão uniaxial, estudo petrográfico com apoio de catodoluminescência, e de MEV com apoio de EDS. Foram definidas 13 petrofácies, agrupadas em dois grupos de mudstones – calcário laminado de cor amarela (G1) e calcário laminado de cor cinza (G2). Os valores de UCS (martelo Schmidt) e de testes uniaxiais mostraram que os valores de resistência mecânica das petrofácies do grupo G2 são cerca de 21,88% e 38,79% mais altos do que os valores do grupo G1, respectivamente. Os perfis de raios gama mostraram maiores valores de contagem total, e de Th e U, e baixos valores de K, e tendem a diminuir em direção ao topo da sucessão. A integração dos dados permitiu a divisão da sucessão estudada com cerca de 6 metros em três intervalos mecânicos. A variação faciológica está relacionada a mudança na taxa de sedimentação e nas condições de anoxia dominantes, que criou variação vertical de porosidade e de conteúdo de fluidos, resultando na cimentação precoce do espaço poroso com sílica microcristalina mais frequente nas petrofácies do grupo G2. Estas camadas cimentadas precocemente apresentam alta continuidade lateral, e formaram barreiras hidráulicas e zonas de maior competência mecânica. Esta variação em aspectos sindeposicionais controlou processos diagenéticas e a distribuição e continuidade dos planos de fratura. O estudo comprovou que a variação vertical de alta-frequência nas propriedades mecânicas de rochas finamente laminadas produz um efeito de intensa segmentação de fraturas verticais, o que é um fator relevante para a construção de modelos DFN (Discrete Fracture Networks), em reservatórios naturalmente fraturados e a predição do comportamento de fluxo.

 

Palavras-chave: Estratigrafia mecânica; calcários laminados; heterogeneidades diagenéticas; reservatórios fraturados.