Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc)
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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 2 em 2019
“PALEOECOLOGIA DA PALEOICTIOFAUNA DA FORMAÇÃO ROMUALDO, CRETÁCEO INFERIOR DA BACIA DO ARARIPE, PERNAMBUCO, NE DO BRASIL”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 2 em 2019
Aluno(a): Gabriel Levi Barbosa Lopes
Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca
Coorientador(a): -
Título: “PALEOECOLOGIA DA PALEOICTIOFAUNA DA FORMAÇÃO ROMUALDO, CRETÁCEO INFERIOR DA BACIA DO ARARIPE, PERNAMBUCO, NE DO BRASIL”
Data: 30/05/2019
Horário: 9h
Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco
Banca Examinadora:
Titulares:
1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca (Orientadora)
2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valéria Gallo da Silva (UERJ)
3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Márcia Aparecida dos Reis Polck (DNPM)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Prof. ª Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (PPGEOC/UFPE)
2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Márcia Cristina da Silva (UFAL)
Resumo:
A paleoictiofauna do Araripe é conhecida mundialmente pela excepcional preservação e diversidade dos fósseis. Um grande número de pesquisadores já realizaram estudos abordando a taxonomia, porém, poucas publicações abordam a paleoecologia dos peixes. Estudos realizados na porção N-NE da bacia, no estado do Ceará, são bem mais expressivos do que os realizados no Araripe pernambucano (S-SW da bacia). Por isso, o objetivo desse estudo, é realizar um levantamento da diversidade, frequência de ocorrência e inferências paleoecológicas da paleoictiofauna da Formação Romualdo (Cretáceo inferior) no Araripe Pernambucano. O material de estudo, 564 fósseis resultaram de coletas de campo e de levantamento do acervo da coleção cientifica do Departamento de Geologia da UFPE, sendo proveniente dos municípios de Araripina, Exu, Trindade, Ipubi e Ouricuri. Os táxons foram identificados e analisados estatisticamente, sendo obtida a frequência relativa por município e no Araripe pernambucano. As espécies foram classificadas como Abundantes, Comum, Incomum e Raro. A paleoictiofauna do Araripe pernambucano foi comparada com a do Araripe cearense. Para análise paleoecológica, foram estudadas as adaptações morfológicas como morfologia corporal, orientação bucal, tipo de dentição e tamanho da boca, para contribuir na compreensão do hábito de vida desses organismos. Os resultados produziram dois artigos científicos. A paleoictiofauna do Araripe pernambucano é formada por 13 táxons: Vinctifer comptoni (34,2%), Rhacoleps buccalis (12,9%), Cladocyclus gardneri (10,2%), Brannerion (9%), Notelops brama (8,6%), Tharrias araripis (7,9%), Calamopleurus cylindricus (6%), Santanichthyes diasii (4,7%), Neoproscinetes penalvai (1,7%), Axelrodichthys araripensis (1,5%), Araripelepidotes temnurus (0,7%), Paraelops cearensis (0,7%) e Iansan beurleni (0,1%). A análise da Frequência relativa das espécies sugere que a associação fossilífera do Araripe pernambucano, apresenta maior semelhança com o município de Jardim, seguido por Missão Velha e Santana. No estudo paleoecológico, foi visto que a grande maioria dos peixes possuem corpo fusiforme adaptado para velocidade de natação, com exceção de Brannerion sp., N. penalvai, A. temnurus, peixes mais adaptados a alta manobrabilidade e Iansan beurleni, cuja morfologia confere mais estabilidade próximo ao substrato. A maioria das espécies possuem uma plasticidade alimentar especifica, apresentando hábito alimentar carnívoro (piscívoro), a minoria por sua vez alimentava-se de invertebrados (N. penalvai, Iansan beurleni e Brannerions sp) e plantas (T. araripis e S. diasii). A correlação dessas adaptações permitiu inferir sobre a posição ocupada pelos peixes ao longo da coluna d’água, além de realizar a construção de uma teia trófica para conhecer as interações interespecíficas da paleoictiofauna do Araripe pernambucano.
Palavras-chave: Peixes; Inventário; Araripe pernambucano; Paleoautoecologia; Paleobiomecânica.