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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 13 em 2019

ANÁLISE ESTRUTURAL E TERMOBAROMETRIA DE ROCHAS METASSEDIMENTARES DA FAIXA FEIRA NOVA, DOMÍNIO DA ZONA TRANSVERSAL - PROVÍNCIA BORBOREMA

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 13 em 2019

 

Aluno(a): Valdielly Larisse Silva

 

Orientador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Andrés Bustamante Londoño (UFPE)

 

Título: “ANÁLISE ESTRUTURAL E TERMOBAROMETRIA DE ROCHAS METASSEDIMENTARES DA FAIXA FEIRA NOVA, DOMÍNIO DA ZONA TRANSVERSAL - PROVÍNCIA BORBOREMA”

 

Data: 27/11/2019

 

Horário: 10h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Lauro Cézar Montefalco de Lira Santos (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. José Maurício Rangel da Silva (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Caetano Juliani (USP)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Cícera Neysi de Almeida (UFRJ)

 

Resumo:

 

Dados geofísicos, estruturais, termobarométricos e mapas de raio-X foram combinados para melhor compreensão sobre a evolução tectonometamórfica da Faixa Feira Nova, porção leste da Província Borborema. A faixa é dominada por biotita xistos e granada-biotita xistos e paragnaisses com sillimanita do Complexo Surubim, localmente migmatizados, e é limitada por ortognaisses do embasamento representados pelos complexos Vertentes e Salgadinho, e pelo Complexo Metagabro-Anortosítico de Passira. Na porção sul da faixa, afloram os ortognaisses Açudinho e Terra Nova, considerados pré-transcorrentes, e uma porção do Complexo Vertentes, ambos desenhados por um par sinforme-antiforme macroscópico. Todas essas unidades foram afetadas por foliação de baixo ângulo (S2) com transporte para NW, associada a zonas de cisalhamento contracionais. Uma foliação prévia (S1) desenha dobras intra-S2 (F2). S2 é localmente transposta por foliação de alto ângulo (S3) associada a zonas de cisalhamento transcorrentes sinistrais. Relacionadas à S3, ocorrem dobras fechadas inclinadas com vergência para SSW e o par sinforme-antiforme, aqui denominadas dobras F4. Encurvamento de traços axiais dessas dobras sugere redobramento (F5), constituindo padrão de interferência do tipo 3. Localmente, bandas de cisalhamento contracionais (S4) resultantes da tectônica transpressiva cortam S3. Os dados sugerem transição entre um regime compressional (S2, F2) e um regime transpressivo (S3, S4, F4, F5), provavelmente relacionada a mecanismos de deformação contínua. Mapas de raios-X obtidos para o Complexo Surubim mostram alto conteúdo de Ca e Mg em núcleos de granada e de Ti em biotita, os quais sugerem condições de alta temperatura. Essas composições foram atribuídas ao pico do metamorfismo Brasiliano e sincrônicas ao desenvolvimento da foliação regional S2. A diminuição desses conteúdos em direção às bordas desses minerais sugere esfriamento e descompressão. Os termômetros granada-biotita e o barômetro granada-Al2SiO5-quartzo-plagioclásio (GASP) forneceram alta temperatura (~650-760°C) e média pressão (~0,6-0,9GPa) para o pico metamórfico, e mínimas de ~590-520°C e 0,4-0,3 GPa para o retrometamorfismo. Os dados sugerem que as rochas atingiram profundidades entre ~23 e 34km durante o regime compressivo e foram exumadas a ~11-19km durante o regime transpressivo. A ausência de tramas extensionais favorece exumação por erosão em vez de colapso extensional. Baseado na ocorrência de cianita na região, inferimos uma trajetória pressão-temperatura-tempo (P-T-t) do tipo horária, relacionada a espessamento em um ambiente predominantemente intracontinental, seguido por exumação sob baixas taxas de erosão e esfriamento.

 

Palavras-chave: -