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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 7 em 2020
“CARACTERIZAÇÃO DO MAGMATISMO GRANÍTICO AO LONGO DA ZONA DE CISALHAMENTO PATOS, LIMITE ENTRE AS SUBPROVÍNCIAS TRANSVERSAL E NORTE DA PROVÍNCIA BORBOREMA”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 7 em 2020
Aluno(a): Jefferson Valdemiro de Lima
Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Ignez de Pinho Guimarães
Coorientador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves (UFPE)
Título da pré-tese: “CARACTERIZAÇÃO DO MAGMATISMO GRANÍTICO AO LONGO DA ZONA DE CISALHAMENTO PATOS, LIMITE ENTRE AS SUBPROVÍNCIAS TRANSVERSAL E NORTE DA PROVÍNCIA BORBOREMA”
Data: 07/07/2020
Horário: 14h
Local: meet.google.com/oxy-ivcd-mpo
Banca Examinadora:
Titulares:
1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Ignez de Pinho Guimarães (Orientadora)
2.º Examinador(a): Prof. Dr. Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGEOC/CTG/UFPE)
3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (PPGEOC/CTG/UFPE)
4.º Examinador(a): Prof. Dr. Carlos José Archanjo (USP)
5.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdecir de Assis Janasi (USP)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Maria de Lourdes da Silva Rosa (UFS)
2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)
Resumo:
Rochas graníticas e zonas de cisalhamento transcorrentes constituem importantes feições associadas a orogênese Brasiliana. Nesta tese foram estudados o Batólito Teixeira e o Complexo Esperança, intrusões localizadas, respectivamente, na porção central e leste da Zona de Cisalhamento Patos (ZCPa). O Batólito Texeira consiste num corpo alongado (ENE) de 800km2, constituído por monzogranitos e sienogranitos, equigranulares a levemente porfiríticos contendo enclaves quartzo monzodiorítico a monzonítico. Já o Complexo Esperança, consiste numa intrusão de 650km2 e compreende cinco plutons graníticos de composição monzogranítica a sienogranítica, localmente tonalítica, com granulação média a grossa, e textura porfirítica, contendo enclaves dioríticos de forma mais expressiva. A assembleia mineral dos granitoides do Batólito Teixeira é semelhante à observada em rochas da série magnetita, enquanto o Complexo Esperança contém granitoides com valores mais elevados de ferro e cristais primários de ilmenita, com exceção dos Plutons Areial e Serrote da Cobra. Dados U-Pb em zircão por LA-ICP-MS indicam que os granitoides do Batólito Teixeira foram colocados entre 585 a 595Ma, com uma possível intrusão tardia peralcalina (555Ma). Estes granitoides são classificados como transalcalino e ferro-potássico mostrando afinidade shoshonítica a cálcio-alcalina de alto-K. Apresentam elevados valores de Ba e Sr, padrões de ETR uniformes e sem anomalias de Eu e spidergrams com depressões em Nb, Ta, P e Ti, além de assinatura de elementos traços transicionais entre granitos tipo-I e tipo-A. Estas feições são sugestivas de granitoides originados no início de contexto tectônico pós-colisional. Os valores Zr/Hf em zircão e Ti4+/Al+Fe3+ em titanita, juntamente com núcleos de zircão herdado de 1,8 a 2,1Ga e 873 a 964Ma sugerem origem por fusão parcial de fonte híbrida com contribuição, possivelmente, de rochas Cariris Velhos, sendo o magma cristalizado a profundidades variando de 15,5 a 18km (T= 642-849 °C, P= 4,03-6,38 kbar). Por outro lado, os granitoides do Complexo Esperança apresentam idades de cristalização mais variadas (592 a 525Ma), sendo as mais jovens possivelmente associadas a reativações tardias da Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos (ZCRP). Estes granitos apresentam idade e feições químicas típicas de granitoides pós-colisinal da subprovíncia Tranversal. São granitos transalcalinos e aluminosos, apresentam um caráter cálcio-alcalino de alto-K a shoshonítico, com assinatura de elementos traços semelhante a de granitos tipo-A2, inclusive com valores médios de (Ce+Y+Nb+Zr) > 340 e Ga/Al > 2,6. Os valores de Zr/Hf < 60 nestes granitoides associados a ¿Nd variando de -16,53 a -3,46 e idade modelo TDM entre 2,1 e 1,3Ga é compatível com origem magmática a partir de fusão de crosta paleoproterozoica com envolvimento de quantidades variadas de material juvenil e rochas metassedimentares. As condições termobarométricas de cristalização são: T=688-891 °C e P=4,65-6,83kbar, compatíveis com cristalização entre 16,5 a 19,5km de profundidade. Enquanto o Batólito Teixeira compreende uma intrusão pré-transcorrente, alguns plutons do Complexo Esperança apresentam feições de campo e microestruturais sugestivas da ação da ZCRP durante o alojamento, sugerindo que as ZCPa e ZCRP são estruturas distintas ou constituem uma única zona de cisalhamento que se desenvolveu primeiramente no ramo leste.
Palavras-chave: Batólito Teixeira; Complexo Esperança; Província Borborema; Granito Pós-Colisional; Subprovíncia Transversal.