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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 6 em 2018

“A INTERFERÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DA COSTA NA PRESERVAÇÃO DOS SEDIMENTOS COSTEIROS DA PRAIA DO BAIRRO NOVO, OLINDA-PE”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 6 em 2018

 

Aluno(a): Luis Augusto de Gois

 

Orientador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso

 

Coorientador(a): -

 

Título da pré-tese: “A INTERFERÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DA COSTA NA PRESERVAÇÃO DOS SEDIMENTOS COSTEIROS DA PRAIA DO BAIRRO NOVO, OLINDA-PE”

 

Data: 15/06/2018

 

Horário: 8h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. José Diniz Madruga Filho (UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. José Gustavo Natorf de Abreu (UNIVALI)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Rochana Campos de Andrade Lima Santos (UFAL)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Almany Costa Santos (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. George Satander Sá Freire (UFC)

 

Resumo:

 

Em Olinda o histórico de erosão costeira não é recente, tendo se feito presente desde o início do século XX, quando inicialmente atingiu as praias dos Milagres, do Carmo, e de São Francisco, e posteriormente veio a atingir a praia de Bairro Novo, área na qual se desenvolve este estudo. Nesse sentido, o principal objetivo deste trabalho consistiu em investigar, a partir do processo natural de aporte sedimentar identificado na porção média deste segmento litorâneo, a capacidade de recomposição dos perfis praiais, bem como a existência de relação entre o déficit de sedimentos e as estruturas de defesa costeira existentes. Para atingir os objetivos propostos foram realizados os levantamentos de batimetria e sedimentologia da plataforma adjacente, sedimentologia da praia, morfodinâmica praial, correntometria, caracterização do clima de ondas incidentes e levantamento fotogramétrico com o uso de Drone e modelagem matemática através do Sistema de Modelagem Costeira do Brasil – SMC. O levantamento batimétrico revelou uma morfologia de fundo acidentada, constatando-se a presença de dois cordões de recife descontínuos, sendo um mais interno, à 330,0m da costa, disposto ao longo de praticamente toda a extensão, estendendo-se ao norte além do limite da área de estudo, e o segundo, localizado no extremo norte da área, à 1.210,0m da costa. Alguns pontos dos recifes apresentam cota próxima à superfície de -2,0m, enquanto outros chegam a aflorar quando da ocorrência da baixa-mar. O estudo comparativo entre as batimetrias realizadas no intervalo de 07 anos (2011-2018), através do uso do software HYPACK, revelou uma perda de sedimentos da plataforma da ordem de 2.395.612m³ em relação ao ano de 2011, revelando uma taxa de erosão de 342.230m³/a. A plataforma interna adjacente é atapetada por areia fina (20,0%), areia muito fina (20,0%), areia média (36,0%) e areia grosa (24,0%), compostas por material siliciclástico e bioclasto. Os sedimentos praiais são predominantemente com granulação de areia fina a média, característica desse ambiente costeiro. A corrente de deriva litorânea apresenta velocidade variando entre 1,40 e 1,45m/s de S-N e as ondas apresentam altura significativa de 0,44m e período de 6,0 segundos. Com base nos dados obtidos até o presente momento é possível concluir que está havendo uma significativa fuga de sedimentos da plataforma continental interna, evidenciada pelo balanço sedimentar negativo para o intervalo de sete anos. Em função dos resultados foi possível concluir, ainda, que não se justifica a presença dos espigões na praia de Bairro Novo, tendo sido constatado, inclusive, o rebaixamento do perfil praial, não se constatando, portanto, a recuperação das praias nos compartimentos formados entre os espigões e que, em médio prazo, poderá vir a ocorrer o comprometimento estrutural dos 31 espigões e, consequentemente, colocar em risco a estabilidade da faixa costeira.

 

Palavras-chave: -

 

Data da última modificação: 13/06/2018, 17:28