Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 4 em 2019

 

Aluno(a): Yumi Asakura Bezerra de Oliveira

 

Orientador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira

 

Coorientador(a): -

 

Título da pré-tese: “PALEOHISTOLOGIA DE MAMÍFEROS ENCOURAÇADOS (XENARTHRA, CINGULATA): ASPECTOS TAXONÔMICOS, PALEOBIOLÓGICOS E BIOMECÂNICOS”

 

Data: 22/07/2019

 

Horário: 8h30min

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário André Trindade Dantas (UFBA)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Jorge Luiz Lopes da Silva (UFAL)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Kleberson de Oliveira Porpino (UERN)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Paula Andrea Sucerquia Rendón (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Marcia Cristina da Silva (UFAL)

 

Resumo:

 

Osteodermos constituem um osso tegumentar com alto potencial de fossilização que proporciona inúmeras informações sobre a morfologia de animais existentes e fósseis, com alto grau de diversidade morfológica e histológica. A escassez de informações sobre a microestrutura de osteodermos de xenartros como tatus, pampatérios e gliptodontes, por exemplo, indica a necessidade de estudos para esses mamíferos encouraçados. Apesar da unidade taxonômica ordinal (Ordem Cingulata) ser amplamente aceita, a relação filogenética dos três grupos ainda pode sofrer mudanças. Já foi sugerido que gliptodontes e pampatérios são táxons irmãos, porém a taxonomia e as afinidades entre os táxons individuais, principalmente de pampatérios, ainda são discutidos. A presente tese tem como objetivo descrever a variação microestrutural nos ossos dos cingulatas e mostrar a importância da paleohistologia como ponto de partida para um melhor conhecimento dos táxons extintos. Até o momento, a análise paleohistológica do osteodermo e do úmero do gliptodonte Hoplophorus euphractus demostrou como o padrão da microestrutura óssea, refletido principalmente no arranjo das fibras de colágeno e na morfologia das lacunas dos osteócitos, é útil nas inferências sobre a paleobiologia dessas espécies extintas. No úmero, é possível identificar um osso derivado de osteogênese dinâmica, onde lacunas de osteócitos alongadas e fibras de colágeno com orientação preferencialmente transversal são visíveis. Já na região superficial e profunda do osteodermo, é encontrado um tecido ósseo derivado de uma combinação da osteogênese dinâmica e estática. Nas trabéculas do osteodermo está presente um tecido ósseo lamelar, mais organizado que nas outras regiões do osso. Essas características em ambos ossos indicam adaptações ao estilo de vida desse gliptodonte de grande porte.

 

Palavras-chave: Osteodermo; Paleohistologia; Gliptodonte; Pampatério; Microestrutura.