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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 11 em 2018

“FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO INDICADORES AMBIENTAIS NO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE (PE)”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 11 em 2018

 

Aluno(a): Taiana Regina Silva de Oliveira

 

Orientador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos

 

Coorientador(a): Prof.ª Dr.ª Patrícia Pinheiro Beck Eichler (UNISUL)

 

Título da pré-tese: “FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO INDICADORES AMBIENTAIS NO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE (PE)”

 

Data: 24/08/2018

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. José Souto Rosa Filho (UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Beatriz Beck Eichler (USP)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Claudia Gutterres Vilela (UFRJ)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Antonio Vicente Ferreira Junior (UFPE)

 

Resumo:

 

A construção do Complexo Industrial Portuário de Suape (Pernambuco, Brasil), entre os anos de 1979 e 1984 ocasionou diversas modificações no sistema estuarino, como aterros e dragagens. Os Foraminíferos bentônicos são protistas comumente utilizados para avaliar o estado da qualidade ambiental em ambientes marinhos. Esta tese, dividida em 5 capítulos, teve como objetivo compreender as condições ambientais presentes do sistema estuarino de Suape, Nordeste do Brasil, por meio do conhecimento das assembleias de foraminíferos em sedimentos superficiais. Para isto, inicialmente foi realizado um estudo prévio da área correlacionando as assembleias de foraminíferos bentônico com os dados abióticos (granulometria, CaCO3 e matéria orgânica) de alguns pontos representativos de subambientes do estuário dos Rios Tatuoca e Massagana. Em seguida, foram analisadas as assembleias de foraminíferos bentônicos nas amostras distribuídas em todo o complexo estuarino de Suape. Com exceção de Eggerella spp., a distribuição das espécies corresponde ao esperado, por se tratarem de taxas de grande ocorrência na costa brasileira, como Ammonia beccarii (var. parkinsoniana), A.beccarii (var. tepida), Triloculina oblonga e Massilina pernambucensis. Os índices ecológicos se apresentaram elevados em comparação a outras regiões do Brasil, indicando a possível influência do bioma local que possivelmente contribuem para diversidade de espécies, com influência dos manguezais, rios e águas marinhas. Os sedimentos de granulação areia dominaram (85,3-99,8%), com exceção da região do canal dragado do rio Tatuoca que apresentou um percentual de argila (30,6%) e o maior percentual de silte (36,2%). Predominam também sedimentos litoclásticos, com teores médios de CaCO3 de 21,95%. A estação de coleta com granulação mais grosseira se apresenta com abundância de macroforaminíferos, demonstrando um ambiente de alta hidrodinâmica de ondas. De modo geral, os índices ecológicos indicam saúde ambiental, mas a dominância de espécies oportunistas merece destaque, como Ammonia beccarii, e principalmente, Eggerela spp., por ser atípica da microfauna brasileira e dominante na região dragada da laguna dos rios Massangana e Tatuoca. Essas espécies indicam possível eutrofização do ecossistema e contribuem para o entendimento entre as interferências antrópicas e suas consequências no ecossistema.

 

Palavras-chave: Sedimentos; Foraminíferos bentônicos; Estuário; Porto; Poluição.

 

Data da última modificação: 24/08/2018, 09:06