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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 10 em 2022

“ESTRATIGRAFIA DA FORMAÇÃO ABAIARA, BACIA DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL: ARQUITETURA DE FÁCIES, ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS E SISTEMAS DEPOSICIONAIS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 10 em 2022

 

Aluno(a): Diego da Cunha Silvestre

 

Orientador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Alcides Nóbrega Sial (UFPE) e Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (UFPE)

 

Título da pré-tese: “ESTRATIGRAFIA DA FORMAÇÃO ABAIARA, BACIA DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL: ARQUITETURA DE FÁCIES, ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS E SISTEMAS DEPOSICIONAIS”

 

Data: 18/08/2022

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/gcs-zyor-rmj

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Renato Paes de Almeida (USP)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Wellington Ferreira da Silva Filho (UFC)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Felipe Torres Figueiredo (UFS)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Daniel Rodrigues do Nascimento Júnior (UFC)

 

Resumo:

 

A Bacia do Araripe, referência de registro sedimentar e paleontológico entre as bacias interiores na Região Nordeste do Brasil, tem sua origem e evolução tectonoestratigráfica intimamente ligada ao evento do rift do Gondwana Ocidental. Evento este que resultou na abertura do Oceano Atlântico e a origem das bacias marginais do Leste brasileiro e Oeste Africano. Nesse contexto se encontram as bacias sedimentares portadoras do Pré-Sal, modelo de sistema petrolífero onde se enquadram várias bacias da margem brasileira. Partindo para análises de análogos, a Formação Abaiara, que se enquadra na fase Climax-Rifte da Bacia do Araripe, foi estudada sob a ótica da Sedimentologia, Estratigrafia, Estratigrafia de Sequências e áreas afins, no interesse de fomentar dados correlatos às unidades do Pré-Sal. Assim, foram evidenciados os corpos pelítico-arenosos, de comportamento granocrescente ascendente, divididos em conjuntos de sedimentos compostos pelas fácies: Conglomerados maciços (Gcm), estratificados (Gt), Arenitos conglomeráticos (Scg), com estratificação cruzada acanalada (St), com estratificação cruzada tabular (Sp), com estratificação horizontal (Sh), laminados (Sl), maciços (Sm), com laminação cruzada cavalgante (Scr), com estratos deformados (Sd) e Arenitos muito fino laminados com siltitos e argilitos (pacotes heterolíticos) (Fsm), Argilitos maciços (Fm) e Argilitos laminados (Fl). Estas fácies se dispuseram segundo conjuntos que se relacionam verticalmente e horizontalmente segundo elementos arquitetônicos de Canais (CH), Espraiamento de Crevasse (CS), Barras Arenosas (SB), Acresção a Jusante (DA), Acresção Lateral (LA), Arenitos em lençol (LS) e Planície de inundação (FF). Adicionadas as análises petrográficas concluiu-se que a Formação Abaiara tem diferenciação frente a unidade pelítica da tectonosequência Início de Rifte (Formação Brejo Santo), que por suas semelhanças litológicas aparentes, provocam muitos equívocos em relação a disposição destas unidades na bacia. Assim comprovada a inexistência de camada carbonática bem definida na Fm. Abaiara, onde se acreditava ser recorrente desta unidade, ficou evidente a ocorrência de carbonatos secundários provenientes de alteração pós-diagenética de feldspatos. Assim como não comportam conteúdo micropaleontológico similar à biozona típica do Andar Dom João presente na Fm. Brejo Santo. Este conjunto de evidências e suas correlações espaciais configuram à unidade de interesse um sistema de sedimentação composto, derivado de um conjunto de sistemas fluvio meandrante – entrelaçado para o topo. Retratados por um empilhamento onde denota registro de padrões de vastas planícies de inundação cortadas por rios meandrantes, na base da unidade que são sobrepostos por um sistema de alta energia com barras cascalhosas e sedimentos grossos em fluxos de alta energia de sistemas fluviais entrelaçados.

 

Palavras-chave: Formação Abaiara; Análise Faciológica; Elementos Arquitetônicos