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Defesa de Tese de Doutorado n.º 10 em 2017

Defesa da Tese de Doutorado: "EXTINÇÃO E A INTERAÇÃO HOMEM-MEGAFAUNA NO FINAL DO PLEISTOCENO E INÍCIO DO HOLOCENO, NOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E PIAUÍ, NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS EM DEPÓSITOS CÁRSTICOS, LAGOAS E TANQUES”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 10 em 2017

 

Aluno(a): Pétrius da Silva Bélo

 

Orientador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira

 

Coorientador(a): -

 

Título: “EXTINÇÃO E A INTERAÇÃO HOMEM-MEGAFAUNA NO FINAL DO PLEISTOCENO E INÍCIO DO HOLOCENO, NOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E PIAUÍ, NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS EM DEPÓSITOS CÁRSTICOS, LAGOAS E TANQUES”

 

Data: 24/08/2017

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luis Fambrini (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Henry Socrates Lavalle Sullasi (UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Jorge Luiz Lopes da Silva (UFAL)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Cláudia Alves de Oliveira (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Demétrio da Silva Mutzenberg (UFPE)

 

Resumo:

 

O Nordeste Brasileiro possui um rico registro fóssil pleistocênico, juntamente com fontes de dados paleoambientais e arqueológicas, sendo desse modo uma região propícia ao estudo dos possíveis fatores que conduziram à extinção da fauna pleistocênica, como as mudanças climáticas ou a presença humana por exemplo. Sítios paleontológicos inseridos no relevo cárstico, em depósitos de tanques e lagoas foram favoráveis à formação e preservação de fósseis de grandes e megamamíferos pleistocênicos. Os tanques e lagoas são abundantes no estado do Pernambuco, já os sítios cársticos encontram-se na área arqueológica do Parque Nacional Serra da Capivara no Piauí. Neles pode-se encontrar material arqueológico (artefatos líticos) associado estratigraficamente aos fósseis. Também são encontradas marcas ósseas produzidas pela ação humana antes da diagênese ter início (Sítio TJBA). As características destes vestígios propiciam dados relevantes ao estudo da extinção da fauna pleistocênica no Nordeste do Brasil. Nesta tese serão abordadas as principais hipóteses para a extinção da grande e da megafauna no continente americano (Overkill, mudança climática, doenças e o Broken Zig Zag, dentre outras). Tais hipóteses serão contrastadas com os dados dos principais sítios do Nordeste brasileiro no que concerne aos eventos de formação dos mesmos, sua cronologia, mudanças ambientais e a presença humana na região. O método consistiu na análise de marcas ósseas de descarne, datação dos níveis por Luminescência Opticamente Estimulada – LOE, análise da taxa de hematita e goethita, análise de isótopos estáveis de d13C e d18O, análise estratigráfica e correlação entre os dados paleontológicos e arqueológicos (líticos e marcas em ossos). Com este fim, foram coletados e analisados dados primários dos seguintes sítios: Tamanduá de Cima (São Bento do Una-PE), Tanque da Fazenda Logradouro (Fazenda Nova-PE) e o sítio arqueológico e paleontológico Toca da Janela da Barra do Antonião (Coronel José Dias-PI). Já as fontes secundárias são provenientes de diversos sítios arqueológicos e paleontológicos localizados na região Nordeste. Atualmente existem diversas hipóteses de extinção da megafauna na América do Sul, dentre elas: caça pelo homem, mudanças ambientais, Broken Zig Zag entre outras. Mas apenas uma delas parece enquadra-se aos dados aqui estudados (a Hipótese do Broken Zig Zag). Contudo, nesta Tese defendemos a ideia de extinção em duas etapas (Two Steps), sendo a primeira no UMG para megamamíferos e a segunda no Holoceno Inicial para mamíferos da não-megafauna (grande fauna). As datas disponíveis, bem como os dados de sítios pré-históricos apontam para a convivência entre homem pré-histórico e a megafauna. Mas, a interação homemmegafauna não está ainda demonstrada durante o Pleistoceno Final no Nordeste brasileiro. Em contraste, durante o Holoceno Inicial existem dados que demonstram claramente a interação entre o homem e pelo menos dois taxa extintos (Hippidion e Catonyx).

 

Palavras-chave: Pleistoceno; mamíferos; extinção; hipóteses; paleoclimas; Broken Zig Zag.