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Defesa de Tese de Doutorado n.º 7 em 2022

“O BATÓLITO PARNAMIRIM, PERNAMBUCO: FONTE, PROCESSOS ÍGNEOS, CONSTRUÇÃO E DEFORMAÇÃO”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 7 em 2022

 

Aluno(a): Charles Henrique Fernandes Sales das Neves

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Alcides Nóbrega Sial (UFPE)

 

Título: “O BATÓLITO PARNAMIRIM, PERNAMBUCO: FONTE, PROCESSOS ÍGNEOS, CONSTRUÇÃO E DEFORMAÇÃO”

 

Data: 16/09/2022

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/jyy-odbc-fvz

 

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Herbet Conceição (UFS)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Luís Gustavo Ferreira Viegas (UnB)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Ignez de Pinho Guimarães PPGEOC/CTG/UFPE

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)

 

Resumo:

 

O Batólito granítico Parnamirim (PP) representa uma típica fusão crustal em pulsos, localizada na Sub-província Central da Província Borborema, nordeste do Brasil. O PP (~210km²) pode ser individualizado em três pulsos principais que intrudem o Complexo Salgueiro, de forma verticalizada (sheets), apresentando uma forma alongada ENE-WSW, aproximadamente en cornu, condicionada pelas zonas de cisalhamento Pernambuco (a sul) e Parnamirim (a oeste). Ao longo do corpo ocorrem foliações magmáticas que progridem para foliações S-C à medida que se aproxima das zonas de cisalhamento. As microestruturas presentes são de alta temperatura (migração de limite de grão à redução de área), acompanhadas de aumento de stress de leste para oeste. As foliações magmáticas, magnéticas e tectônicas são concordantes e possuem orientação geral ENE-WSW, com inclinação sub-verticalizada. O corpo possui uma forma dominante achatada (oblata) e mostra elevado grau de anisotropia. O PP é composto de sienogranito a monzogranito peraluminoso, carregando biotita e moscovita primárias, além de uma ampla gama de minerais acessórios (allanita, monazita, apatita, ilmenita, magnetita, zircão e rutilo) cujas variações na ocorrência e concentração modal acompanham a variação dos pulsos. O PP possui A/CNK > 1,1; teor de SiO2 de 68,13 a 74,18% em peso; baixas razões Rb/Sr (< 2); enriquecimento em LREE e LILE; razão LaN/YbN elevadas; e anomalias negativas de Eu (pequenas a quase ausentes). Os valores de eNd(0,6Ga) variam de -23 a -20; TDM(Nd) de 2,7 a 2,0Ga; 87Sr/86Sr(0,6Ga) de 0,7107 a 0,7165. As variações mineralógicas e químicas observadas podem ser explicadas por uma evolução relacionada à fusão parcial a partir de uma fonte heterogênea, com geração e extração de múltiplos pulsos de magma. A fusão ocorreu por aumento gradual da temperatura (765 a 870°C), causando quebra de moscovita e biotita, possivelmente em ausência de fluidos. A intrusão dos pulsos se deu em nível crustal médio (>3,5kbar), com os primeiros alojados entre 590 e 600Ma; o rejuvenescimento magmático a partir de adição de novos pulsos permite a manutenção do corpo em estado sub-solidus por um longo período (~50Ma). Os resultados sugerem que as zonas de cisalhamento próximas ao PP estavam ativas durante sua intrusão e permaneceram ativas durante o resfriamento do batólito.

 

Palavras-chave: Granitos; fusão crustal; geoquímica; geofísica; geocronologia U-Pb