Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 8 em 2017

 

Aluno(a): Cecília de Lima Barros

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan

 

Coorientador(a): Dr.ª Sônia Maria Oliveira Agostinho da Silva (PPGEOC/UFPE)

 

Título: “ESTUDO DOS OSTRACODES DO CAMPANIANO-PALEÓGENO DA BACIA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL (POÇOS POTY-1PO-01-PE E ITAMARACÁ-1IT-03-PE): IMPLICAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOECOLÓGICAS”

 

Data: 31/07/2017

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Reunião do PPGEOC (sala 326), localizada no 3.º (terceiro) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Cláudio Magalhães de Almeida (UEG)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gerson Fauth (UNISINOS)

 

Resumo:

 

O presente trabalho apresenta um estudo micropaleontológico detalhado de ostracodes registrados na Bacia Paraíba, tecendo considerações sobre sua aplicação em estudos biostratigráficos e paleoecológicos. O trabalho foi desenvolvido através da amostragem dos testemunhos Poty-1PO-01-PE e Itamaracá-1IT-03-PE, compreendendo as formações Itamaracá, Gramame e Maria Farinha. A análise e interpretação dos dados foram realizadas através de revisão bibliográfica e cartográfica, levantamentos estratigráficos e coleta de amostras. A metodologia de preparação de amostras seguiu os procedimentos usuais para recuperação de microfósseis cabonáticos. Foram identificados os gêneros: Cytherella Jones,1849; Bairdoppilata Coryell, Sample & Jennings, 1935; Neonesidea Maddocks, 1969; Robsoniella Kuznetsova, 1956; Bythocypris Brady, 1880; Paracypris Sars, 1866; Aglaiocypris Sylvester-Bradley, 1946; Monoceratina Roth, 1928; Bythoceratina Hornibrook, 1952; Schizoptocythere Siddiqui & Al-Furaih, 1981; Eucytherura Müller, 1894; Krithe Brady et al. 1874; Cytheropteron Sars, 1866; Aversovalva Hornibrook, 1952; Paracosta Siddiqui, 1971; Dutoitella Dingle, 1981;  Langiella Fauth et al., 2005; Protobuntonia Grékoff, 1954 e Soudanella Apostolescu, 1961. Todos os táxons referidos são representativos de ambiente marinho de salinidade normal. De acordo com as assembleias faunísticas encontradas, associado a dados isotópicos previamente coletados, foi possível inferir os paleoambientes: nerítico raso a profundo e um clima relativamente mais frio no Campaniano; nerítico distal a batial no Maastrichtiano, com aumento de temperatura e queda gradual no final desta idade e nerítico médio a profundo no Daniano, com um aumento de temperatura durante a transição Cretáceo-Paleógeno, e uma ligeira diminuição de temperatura logo após o limite K-Pg. Foram propostas quatro biozonas de ostracodes: Zona Robsoniella? sp. (Campaniano); Zona Cytherella cf. ovoidea (Fauth, 2000) (Maastrichtiano); Zona Cytherella piacabucuensis (Fauth, 2000) e a subzona de concorrência Soudanella laciniosa¿– Cytheropteron hiperdictyon (Daniano).

 

 

Palavras-chave: Bacia Paraíba; Ostracodes; Campaniano-Paleógeno; Bioestratigrafia; Paleoecologia.