Notícias Notícias

Voltar

Defesa de Tese de Doutorado n.º 6 em 2019

“CARACTERIZAÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA E PALEOECOLÓGICA DO CAMPANIANO AO DANIANO DA BACIA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL, COM BASE EM FORAMINÍFEROS”

 

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 6 em 2019

 

Aluno(a): Robbyson Mendes Melo

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Eduardo Apostolos Machado Koutsoukos (Universidade de Heidelberg)

 

Título: “CARACTERIZAÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA E PALEOECOLÓGICA DO CAMPANIANO AO DANIANO DA BACIA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL, COM BASE EM FORAMINÍFEROS”

 

Data: 19/06/2019

 

Horário: 9h

 

Local: Auditório do 1.º andar do Laboratório Integrado de Tecnologia em Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Universidade Federal de Pernambuco (LITPEG/UFPE).

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Geise de Santana dos Anjos Zerfass (PETROBRAS)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Claudia Gutterres Vilela (UFRJ)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Edilma de Jesus Andrade (UFS)

 

Resumo:

 

Este trabalho apresenta uma caracterização bioestratigráfica e paleoecológica com base em foraminíferos do intervalo Campaniano ao Daniano da seção dos poços Olinda e Poty, da Bacia Paraíba, Brasil. Foram identificados um total de 153 espécies de foraminíferos bentônicos e planctônicos, dentre os quais, dez consistem em possíveis novos táxons. A associação de foraminíferos possibilitou o reconhecimento de oito biozonas. Para a seção campaniana é proposta a zona de associação de foraminíferos bentônicos Alabamina dorsoplana/Epistomina supracretacea, e reconhecido as zonas de foramníferos planctônicos: CF8 e CF7. No Maastricthiano foram identificadas as bizonas CF7, CF4/CF5, CF2/CF3, CF1, e uma associação abundante e diversificada de foraminíferos planctônicos, representados por formas bisseriadas, trocoespiraladas globosas e carenadas. Para o Daniano, com base em uma associação fóssil pouco diversa e abundante, a Zona Pa (Parvularugoglobigerina eugubina), foi identificada. A transição Campaniano-Maastrichtiano, em ambos os poços, é caracterizada pela primeira ocorrência de Pseudoguembelina pálpebra. O limite entre o Maastrichtiano e o Daniano, no Poço Poty, foi reconhecido como um hiato que separa as zonas CF1 e Pa, configurado pela ausência da Zona P0. A caracterização paleoecológica e paleoambiental foi baseada no estudo dos grupos de foraminíferos, levando em consideração o agrupamento dos morfotipos bentônicos e planctônicos. Foi possível identificar 14 morfogrupos funcionais, sendo os calcário-hialinos (CH-A.1, CH-A3, CH-A.5, CH-B4 e CH-B4) os mais representativos, seguido pelos aglutinantes (AG-A). As análises das abundâncias entre os diferentes grupos de foraminíferos (planctônicos vs. bentônicos, bentônicos infaunais vs. epifaunais, calcário-hialinos/aglutinantes/porcelanosos) deram suporte ás interpretações paleoecológicas, mostrando uma associação bentônica abundante e diversificada, com o reconhecimento de seis biofácies, sendo: duas para o Campaniano (Biofácies 1 e 2), três para o Maastrichtiano (Biofácies 2, 3, 4 e 5) e uma para o Daniano (Biofácies 6). Um ambiente deposicional variando entre nerítico raso/médio/profundo (Campaniano), passando por um nerítico externo a batial superior (Maastrichtiano), até a instalação de um nerítico raso (Daniano), pode ser inferido, onde predominam condições de alta produtividade orgânica e níveis intermediários de oxigênio.

 

Palavras-chave: Bacia Paraíba; Cretáceo Superior; Taxonomia; Bioestratigrafia; Foraminíferos; Morfogrupos funcionais.