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Defesa de Tese de Doutorado n.º 7 em 2017

Defesa da Tese de Doutorado: “CARACTERIZAÇÃO PALEOAMBIENTAL DE SEDIMENTOS HOLOCÊNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL INTERNA ADJACENTE AO PORTO DE RECIFE E DO ESTUÁRIO DO RIO FORMOSO, COSTA DE PERNAMBUCO - BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 7 em 2017

 

Aluno(a): Silvio Eduardo Matos Martins

 

Orientador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos

 

Coorientador(a): Prof.ª Dr.ª Lúcia Maria Mafra Valença (PPGEOC/UFPE)

 

Título: “CARACTERIZAÇÃO PALEOAMBIENTAL DE SEDIMENTOS HOLOCÊNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL INTERNA ADJACENTE AO PORTO DE RECIFE E DO ESTUÁRIO DO RIO FORMOSO, COSTA DE PERNAMBUCO - BRASIL”

 

Data: 27/07/2017

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Reunião do PPGEOC (sala 326), localizada no 3.º (terceiro) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Antonio Fernando de Souza Queiroz (UFBA)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Marlon Carlos França (IFPA)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Medeiros de Araújo (UFPE)

 

Resumo:

 

O nível relativo do mar sofreu flutuações globais após o Último Máximo Glacial (18.000 anos AP). Essas flutuações e o transporte longitudinal de areia, associados com mudanças paleoclimáticas, controlaram a construção das planícies costeiras atuais no Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo ambiental dos depósitos sedimentares do Holoceno na Plataforma continental interna na área de influência do Porto do Recife e no sistema estuarino do rio Formoso, sul de Pernambuco, com a finalidade de melhor compreender os processos atuantes na evolução deposicional e as resultantes geomorfológicas no sistema costeiro. Foram coletados cinco testemunhos, dois deles na plataforma interna (T1, T2) e três no estuário do rio Formoso (T3, T4, T5). Os testemunhos foram sub-amostrados para análises de conteúdo do carbonato de cálcio, matéria orgânica total, palinologia, análises sedimentológicas elementares e isotópicas de C e N, taxas de sedimentação (210Pb) e datações (14C). Os dados foram tratados segundo os parâmetros estatísticos de Folk & Ward, descritos segundo as classificações faciológicas de Larsonneur (1977) e Shepard e por fim, aplicado o coeficiente de correlação de Pearson (r). T1 e T2 apresentaram taxas de sedimentação variando entre 0,33 e 1,58cm/a, sendo identificadas 3 fácies deposicionais. A área portuária apresentou diferentes níveis de influência tecnogênica no que diz respeito às mudanças hidrodinâmicas, nas composições sedimentares e de parâmetros geoquímicos. T3, T4 e T5 apresentaram taxas de sedimentação variando de 0,03 a 0,10cm/a, sendo identificadas 6 fácies deposicionais. T5 foi subdividido em 5 zonas palinológicas, segundo as composições dos taxa classificados como árvores/arbustos, ervas, árvores de manguezal, palmeiras, esporos, além de micro foraminíferos. A análise multi-proxy possibilitou a interpretação paleoambiental caracterizando: entre 7.214 – 6.712 anos Cal. AP – sistema transicional lago/laguna costeira; 6.712 – 4.570 anos Cal. AP – sistema praial/canal de maré; 4.570 – 1795 anos Cal AP – sistema praial. O estuário atual se estabeleceu, a partir de 1.795 anos Cal. AP. As variações na composição da vegetação nos últimos 7200 anos no sistema estuarino refletem as oscilações climáticas e a forte influência das variações no nível do mar local, as quais foram responsáveis por modificações na paleogeografia e geomorfologia costeira.

 

Palavras-chave: Evolução holocênica; Sedimentação estuarina; Isótopos C e N; Palinologia; Portos; Tecnógeno.