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Defesa de Tese de Doutorado n.º 4 em 2020

“INTERPRETAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOCLIMÁTICAS, COM BASE EM NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS, DO PALEOGENO, SITES 354 (DSDP) E 929E (ODP) - ELEVAÇÃO CEARÁ - ATLÂNTICO EQUATORIAL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 4 em 2020

 

Aluno(a): Flávia Azevedo Pedrosa Lemos

 

Orientador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho

 

Coorientador(a): Prof.ª Dr.ª Maria Dolores Wanderley (UFRJ) e Dr. Cléber Fernandes Alves (UFRJ)

 

Título: “INTERPRETAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOCLIMÁTICAS, COM BASE EM NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS, DO PALEOGENO, SITES 354 (DSDP) E 929E (ODP) - ELEVAÇÃO CEARÁ - ATLÂNTICO EQUATORIAL”

 

Data: 27/02/2020

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Reunião do Programa de Pós-Graduação em Geociências (sala 326), localizada no 3.º (terceiro) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Dr. Rogério Loureiro Antunes (PETROBRAS)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Felipe Antonio de Lima Toledo (USP)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gerson Fauth (UNISINOS)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Geize Carolinne Correia Andrade Oliveira (UFOPA)

 

Resumo:

 

A Elevação Ceará está localizada no Oceano Atlântico Equatorial, sob uma coluna de água de aproximadamente três mil metros, está limitada a Norte, Leste e Sul pela Planície Abissal Ceará, e na porção Oeste/Sudoeste, pela Bacia da Foz do Amazonas. A Elevação Ceará é caracterizada morfologicamente como um alto topográfico submarino e está inserida na região de crosta oceânica. Teve sua gênese no Campaniano, durante o processo de cisalhamento das Placas Sul-Americana e Africana e foi submetida aos efeitos provocados por grandes mudanças climáticas no Paleogeno, como o Máximo Termal do Paleoceno-Eoceno (MTPE) e os primeiros indícios de gelo. Esta tese objetiva reconhecer e integrar o estudo bioestratigráfico dos nanofósseis calcários do Paleogeno e suas interpretações paleoclimáticas. As amostras de testemunho analisadas foram cedidas pelo Deep Sea Drilling Project (DSDP) e pelo Occean Drilling Project (ODP), o método utilizado para a identificação de biozonas foi baseado na primeira e última ocorrência estratigráfica dos táxons (respectivamente). Foram confeccionadas cinquenta e cinco lâminas e identificadas 174 espécies, petencentes a 45 gêneros, agrupados em 17 famílias. Observações quanto a preservação, riqueza específica e a abundância relativa foram realizados e as principais espécies fotografadas e mensuradas, a fim de ilustrar o estudo e construir um biozoneamento no intervalo em questão. A partir da distribuição estratigráfica das espécies, a seção investigada foi refinada bioestratigraficamente e intervalos cronoestratigráficos foram identificados. Foram descritas seis biozonas, referentes ao intervalo Eoceno/Oligoceno, no Site 354 e onze biozonas relativas ao intervalo Paleoceno/Eoceno/Oligoceno, no Site 929E. Foram geradas duas curvas isotópicas com base em d18O e d13C, que detectaram varições de temperatura e o principal evento paleoclimático para o intervalo estudado. A correlação entre os dados qualitativos, quantitativos e isotópicos (d18O e d13C) demonstram uma influência direta das variações do clima e das preferências tróficas na nanoflora durante o Paleogeno. A partir destas informações, conclui-se que, no que se refere ao Atlântico Equatorial, o Paleoceno/Eoceno (biozonas NP9/NP10) pode ser caracterizado por temperaturas elevadas e baixo influxo de nutrientes, seguido do Eoceno inferior, onde é reconhecido o Máximo Termal (NP10), diagnosticado pelas mais altas temperaturas e posteriormente é verificada a diminuição gradual da temperatura até o Oligoceno (biozonas NP21 a NP25), evidenciado, também, pelo registro de táxons mais especificos de aguas frias.

 

Palavras-chave: Nanofósseis calcários; Elevação Ceará; Atlântico Equatorial.