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Defesa de Tese de Doutorado n.º 3 em 2022

“SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NO SISTEMA ESTUARINO-LAGUNAR DOS RIOS IPOJUCA E MEREPE (PE)”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 3 em 2022

 

Aluno(a): Luciana Dantas dos Santos

 

Orientador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Rafael Cabral Carvalho (Deakin University/Austrália)

 

Título: “SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NO SISTEMA ESTUARINO-LAGUNAR DOS RIOS IPOJUCA E MEREPE (PE)”

 

Data: 27/07/2022

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/mxy-twoy-apu

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Carlos Augusto França Schettini (FURG)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Manuel de Jesus Flores Montes (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Elvis Joacir de França (CRCN/CNEN)

 

Resumo:

 

O sistema estuarino-lagunar dos rios Ipojuca e Merepe faz parte do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), localizado na Baía de Suape (8°20’S/34°57’W) a cerca de 40 km ao sul do Recife. O presente trabalho traz os capítulos 1, 2, 3, 4 e 5 da tese intitulada “Sedimentação holocênica no sistema estuarino-lagunar dos rios Ipojuca e Merepe (PE)” com o objetivo de estabelecer e evoluir os conhecimentos sobre a dinâmica sedimentar atual e recente no sistema estuarino dos rios Ipojuca e Merepe (PE). O Capítulo I consiste em uma introdução geral. Os resultados foram divididos em 3 artigos: capítulo II, III e IV. e o capítulo V, consiste nas conclusões gerais. Os resultados indicaram que os sedimentos são, em geral, litoclásticos arenosos, com baixos conteúdos de MOT de origem predominantemente continental e mista condicionados pelos tipos de sedimentos e pelas entradas distintas de materiais às quais cada subambiente é submetido e influenciado pelos fatores: hidrodinâmica, profundidade local e a geologia. As mudanças estruturais sofridas pela instalação do CIPS são refletidas na composição sedimentar e o sistema é influenciado pela sazonalidade (inverno e verão). Foi possível identificar áreas preferências de deposição: porto interno; baía de Suape, estuário do Massangana, plataforma interna, laguna de Muro Alto, baía de Ipojuca, e os estuários dos rios Ipojuca e Merepe. Resultante das alterações, principalmente na morfologia de fundo da baía do Ipojuca e da batimetria rasa. Apesar de altos valores de MOS quando comparados aos outros estuários pernambucanos, pode-se dizer que os níveis de COT são baixos e estão abaixo do valor de alerta da resolução do CONAMA, com exceção de duas amostras, ST35 e ST09. Os impactos antropogênicos causados pelo uso e ocupação do solo associados à rápida urbanização e à instalação do porto de Suape foram registrados nos sedimentos através da mudança das assinaturas geoquímicas ao longo da coluna sedimentar. Observa-se um aumento sensível nos teores de lamas, MO e d15N em direção ao presente na unidade 2. Associado às mudanças nas condições ambientais naturais devido ao contínuo aporte de lama efetuado no Antropoceno pelo delta-intralagunar do rio Ipojuca. A coluna sedimentar possui uma alta taxa de sedimentação (0,65 cm.ano-1) com uma mudança na qualidade da matéria orgânica local, mais enriquecida em d15N (MO de origem bacteriana) ainda na unidade 1. Os dados do BPN indicam sedimentos eutróficos a hipertróficos na Unidade 2, quando comparados à unidade basal 1. Aliado ao indicativo de influência marinha ligeiramente maior na Unidade 1. A fase 2 é marcada pelo aumento de teores orgânicos e mudanças no padrão sedimentar decorrente das mudanças ocorridas no complexo estuarino neste período.

 

Palavras-chave: Matéria orgânica sedimentar; porto de Suape; geoquímica estuarina