Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 1 em 2019

 

Aluno(a): Hewerton Alves da Silva

 

Orientador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa

 

Coorientador(a): Prof. Dr. João Rodrigues Tavares Júnior (UFPE) e Prof.ª Dr.ª Thais Andressa Carrino (UFPE)

 

Título: “ANÁLISE DE MANCHAS NATURAIS DE ÓLEO NA REGIÃO OFFSHORE DA BACIA DE PERNAMBUCO COM BASE EM SENSORIAMENTO REMOTO: IMPLICAÇÕES PARA O SEU SISTEMA PETROLÍFERO”

 

Data: 08/02/2019

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Lima Barcellos (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Fernando Pellon de Miranda (CENPES/PETROBRAS)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Ana Lúcia Bezerra Candeias (UFPE)

5.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Josiclêda Domiciano Galvíncio (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/UFPE)

 

Resumo:

 

A Bacia de Pernambuco representa uma fronteira exploratória offshore com aproximadamente 24.000km², no Nordeste do Brasil. A região de águas profundas do Platô de Pernambuco compreende depocentros profundos (até 8km), e grandes altos externos do embasamento, com um alto potencial petrolífero. Esta pesquisa realizou a investigação de manchas de óleo naturais (oil slicks), na região oceânica da Bacia de Pernambuco, com base na análise de 58 imagens de radar de abertura sintética (SAR), obtidas a partir do satélite ENVISAT. As imagens foram fornecidas pela Agência Espacial Europeia (European Space Agency - ESA), e abrangem um período de tempo entre 2004 a 2007. Cada imagem representa cobertura de 100km x 100km. Um total de 28 manchas naturais de óleo foram encontradas, e estas foram classificadas em relação a critérios de incerteza - temporal, meteorológicos, oceanográficos e geológicos. As manchas estão formam quatro agrupamentos (clusters): O primeiro e o segundo grupo de manchas estão localizados nas porções norte e sul da borda leste do Alto do Maracatu, respectivamente, o qual apresenta direção NNE-SSW. O terceiro grupos de manchas está localizado no limite nordeste do platô, próximo a borda do Alto de Itamaracá. Um quarto grupo de manchas está localizado sobre o Graben de Guadalupe, entre os altos de Gaibu e Xaréu, na região central do platô. A correlação das manchas de óleo com mapas geofísicos potenciais, e seções sísmicas 2D, permitiriam estabelecer uma relação das manchas com sistemas de falhas geradas durante o estágio rifte, que foram reativadas por eventos tardios. A propagação de falhas do rifte alcançou estratos das seções pós-rifte, e estas possivelmente estão ligadas a migração e vazamento de óleo na bacia. As ocorrências de manchas estão localizadas nas bordas dos depocentros principais da bacia, que são limitados por altos estruturais importantes. Verificou-se também uma correlação entre manchas de óleo e a ocorrência de plataformas carbonáticas isoladas na seção pós-rifte. Os resultados obtidos podem ser utilizados para reduzir o risco exploratório na bacia, assim como auxiliar em futuras modelagens do sistema petrolífero da bacia.

 

Palavras-chave: Platô de Pernambuco; Manchas de óleo; Imagens de radar; sistema petrolífero.