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Defesa de Tese de Doutorado n.º 1 em 2018

“ESTUDO GEOQUÍMICO E GEOCRONOLÓGICO DAS NOVAS OCORRÊNCIAS DE ROCHAS VULCÂNICAS INTRUSIVAS DA SUÍTE MAGMÁTICA IPOJUCA, BACIA DE PERNAMBUCO”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 1 em 2018

 

Aluno(a): Gilzenia Henrique do Nascimento

 

Orientador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Breno Leitão Waichel (UFSC)

 

Título: “ESTUDO GEOQUÍMICO E GEOCRONOLÓGICO DAS NOVAS OCORRÊNCIAS DE ROCHAS VULCÂNICAS INTRUSIVAS DA SUÍTE MAGMÁTICA IPOJUCA, BACIA DE PERNAMBUCO”

 

Data: 02/02/2018

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Marcos Antonio Leite do Nascimento (UFRN)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Carlos Augusto Sommer (UFRGS)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Gilmar Vital Bueno (UFF)

 

Resumo:

 

A área de estudo está localizada na faixa costeira da Bacia de Pernambuco, que compreende uma estreita área entre o Alto de Maragogi e a Zona de Cisalhamento Pernambuco. A bacia está instalada no extremo sudeste da província da Borborema sobre o Domínio do maciço Pernambuco-Alagoas. Esta bacia abrange rochas do Aptiano ao Santoniano (?) além de coberturas Neogênicas, como os depósitos da Formação Barreiras, e coberturas litorâneas de origem holocênica. As principais formações estratigráficas da bacia são: Formação Cabo (Aptiano), Formação Suape (Eo a Meso-Albiano), Formação Paraíso (Neo-Albiano), Formação Estiva (Cenomaniano-Turoniano) e Formação Algodoais (Santoniano?). Rochas vulcânicas (Suíte Magmática Ipojuca), ocorrem na forma de intrusões e derrames, para as quais os dados geocronológicos existentes sugerem que o principal pulso magmático possui idade neo-Albiana (102 Ma). O objetivo deste trabalho é detalhar geoquímicamente novas rochas vulcânicas dentro da Suíte Magmática Ipojuca da Bacia de Pernambuco, recém-descobertas na literatura e no âmbito desta tese, bem como detalhar geocronologicamente, rocha vulcânica de um pulso mais jovem ao pulso principal. As observações de campo demonstram que estas rochas ocorrem como derrames, sills, domos e diques, sendo a maior parte deles intrusiva nos conglomerados e arenitos da Formação Cabo. Estudos petrográficos revelaram que essas rochas são basaltos, traquitos e riolitos. Análises de geoquímica multi-elementar confirmaram o caráter alcalino bem como a natureza intraplaca, continental das rochas estudadas, por conta das assinaturas dos elementos químicos Nb, Zr e Y. Análises de composição química mineral mostraram que o basalto contém piroxênios de composição rica em cálcio (augita), enquanto o traqui-andesito contém piroxênios de composição rica em cálcio e ferro (augita ferrosa e hedenbergita). Análises de núcleos e bordas dos cristais de plagioclásio mostraram que as composições do núcleo variam de labradorita a andesina, enquanto as bordas variam de anortoclásio a sanidina, no basalto. Por outro lado, os núcleos e bordas dos cristais de feldspato alcalino no traqui-andesito mostraram composições que variam de sanidina a anortoclásio, com enriquecimento em BaO (ca. 3%) nas bordas. Análises de composição química mineral semi-quantitativa realizadas em MEV, revelaram a presença de microveios preenchidos por barita (cortando o basalto), além de rutilo disseminado em riolito (com até 2% de Nb2O5) e basalto, magnetita titanífera (com até 10% de Nb2O5) e ilmenita disseminadas nos basaltos, traqui-andesito, traquitos e riolitos. As temperaturas de cristalização obtidas em basalto, segundo alguns geotermômetros, utilizando-se a composição química dos piroxênios, indicam intervalos de temperatura que vão de 1.000 °C a 1.150 °C. Já as temperaturas de cristalização obtidas em traqui-andesito, também utilizando-se a composição dos piroxênios, indicam intervalos de temperatura que vão de 850°C a 960°C. Dados geocronológicos, utilizando a metodologia U-Pb em apatita através de LA-MC-ICP-MS, revelam uma idade de cerca de 72 ± 10Ma para um basalto que intrude um traquito (pertencente o pulso principal), evidenciando a existência de um pulso de atividade vulcânica mais recente que 102Ma (pulso principal) na Bacia de Pernambuco.

 

 

Palavras-chave: Petrografia; Geoquímica; Geocronologia; Rochas Vulcânicas; Bacia de Pernambuco.