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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2023

“PALINOLOGIA E PALEOECOLOGIA DA FORMAÇÃO ROMUALDO (APTIANO) DA BACIA DO ARARIPE, MINA SERROLÂNDIA-PE, NORDESTE-BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2023

 

Aluno(a): Josefa Nilmara Lopes Lacerda

 

Orientador(a): Dr.ª Alcina Magnólia da Silva Franca

 

Coorientador(a): Dr. Luiz Ricardo da Silva Lôbo do Nascimento (UFPE)

 

Título: “PALINOLOGIA E PALEOECOLOGIA DA FORMAÇÃO ROMUALDO (APTIANO) DA BACIA DO ARARIPE, MINA SERROLÂNDIA-PE, NORDESTE-BRASIL”

 

Data: 12/05/2023

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/ftw-bsyj-pse

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr. Luiz Ricardo da Silva Lôbo do Nascimento (Coorientador)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. David Holanda de Oliveira (UFPB)

2.º Examinador(a): Dr. Paula Andrea Sucerquia Rendón (UFPE)

3.º Examinador(a): Dr. Paulo Eduardo de Oliveira (USP)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Mitsuru Arai (UNESP)

 

Resumo:

 

Através da análise taxonômica e paleoecológica da associação de palinomorfos continentais e marinhos da Mina Serrolândia (Ouricuri-PE), objetivou-se contribuir com a reconstrução do paleoambiente da Formação Romualdo (Aptiano), Bacia do Araripe, Nordeste-Brasil. Ao todo, 19 amostras da seção (17m) foram processadas de acordo com o protocolo padrão de análise palinológica, onde sete dessas amostras apresentaram uma boa recuperação para identificação, descrição morfológica e contagem de 200 palinomorfos por amostra. Estiveram presentes palinomorfos continentais de esporos de pteridófitas (14 táxons), grãos de pólen de gimnospermas/angiospermas (38 táxons), fitoplâncton (2 táxons) e esporos fúngicos, bem como, palinomorfos marinhos de dinoflagelados (8 táxons) e palinoforaminíferos. O paleoclima da Formação Romualdo na seção da Mina Serrolândia, foi interpretado como quente árido a semiárido, principalmente, pela alta abundância dos polens rimulados Classopollis spp. e poliplicados, como Gnetaceaepollenites jansonii. Baseado na variação e composição palinológica ao longo da seção, a análise de agrupamento delimitou dois grupos: G1 (3,5m a 4,2m), majoritariamente composto por palinomorfos continentais (92%) (Classopollis spp., Afropollis jardinus, Cycadopites spp. e Gnetaceaepollenites jansonii), e em menor frequência por palinomorfos marinhos (8%), como dinoflagelados (Batiacasphaera sp. A, Cometodinium aff. sp. e Odontochitina aff. sp.), indicando um ambiente marinho proximal, fortemente influenciado pelo continente e sistemas fluviais-lacustres (Botryococcus sp. e Pediastrum sp.), e G2 (4,4m a 6m), caracterizado como um ambiente marinho mais distal, dada a diminuição da influência continental (79%) e aumento significativo da influência marinha (21%) (palinoforaminíferos e dinocistos de Subtilisphaera sp., Odontochitina aff. sp., Cometodinium aff. sp., Spiniferites sp. e Batiacasphaera aff. sp. B). A palinologia da Formação Romualdo no intervalo inicial da seção na Mina Serrolândia, indica um paleoambiente marinho transicional de proximal a distal, com presença de pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, plantas de porte arbustivas a arbóreas, predominantemente típicas de paleoclimas quentes áridos a semiáridos.

 

Palavras-chave: Microfósseis; Cretáceo Inferior; Marinho transicional; Reconstrução paleoambiental