Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 6 em 2018

 

Aluno(a): Isabelly Maria Maia Ferro

 

Orientador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso

 

Coorientador(a): Prof. Dr. George Satander Sá Freire (UFC)

 

Título: “MORFODINÂMICA E VULNERABILIDADE AMBIENTAL: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA REGIÃO COSTEIRA DE ICAPUÍ, CEARÁ”

 

Data: 05/06/2018

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Diniz Madruga Filho (UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Fábio José de Araújo Pedrosa (UPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Almany Costa Santos (PPGEOC/UFPE)

 

Resumo:

 

 

O presente trabalho tem como objetivo relacionar a morfodinâmica, a vulnerabilidade ambiental e o uso do e ocupação solo do litoral do município de Icapuí, situado a leste o Estado do Ceará, no trecho localizado entre as Praias de Retiro Grande, Ponta Grossa e Redonda, a fim de determinar a dinâmica da zona costeira para uma melhor análise e gestão socioambiental e auxilio ao gerenciamento costeiro. Para isso, fez-se uso de trabalhos de campo para a aquisição de dados e monitoramento da região durante o período de Maio/2016 a Agosto/2017 e levantamento bibliográfico sobre a temática a fim de aprofundar os estudos dos processos costeiros e compreender melhor a interação dos elementos naturais que modificam a zona costeira. Na região estudada ocorrem calcáreos e cacarenitos bioturbados da Formação Jandaíra, arenitos ailto-argilosos com níveis lateríticos da Formaççao Barreiras, e duas camadas de arenitos, a inferior de coloração branca e a superior de coloração avermellhada, que fazem parte da Formação Potengi. A média pluviométrica entre 2016-2017 foi de 45,23mm com temperaturas máximas em torno de 35°C e mínimas de 23°C e ventos de 4,3m/s com direção variando entre SE, NE e E. O sistema de correntes marinhas do litoral apresentou direções de ESE para WNW com mesomarés de períodos médios de maré de 12h25min. As praias foram caracterizadas como dissipativas, possuindo um estirâncio bastante extenso, com baixa declividade (entre 3° e 9°), apresentando trechos com ausência de pós-praia devido a falésias ativas e sua proximidade com o mar. Os sedimentos da praia são de granulação de areia fina a média, moderadamente a pobremente selecionadas, com curvas mesocúrticas, platicúrtica e leptocúrtica; e das assimetria diversificada. A vulnerabilidade da área foi marcada por indicadores como à diminuição da largura da praia em toda sua extensão, erosão progressiva e presença de falésias com altura de dezenas de metros, entre outros. A vulnerabilidade apresentou índices variando de baixo a alto, sendo este distribuído em baixo a médio na praia de Redonda, alto a baixo na praia de Ponta Grossa e médio na praia de Retiro Grande. Esses índices foram confirmados pela análise dos perfis de variação praia, os quais indicaram que o balanço sedimentar foi positivo em todo o litoral, tendo como o perfil de menor acreção o perfil 8 e o de maior acreção o perfil 9, os dois localizados na Praia de Ponta Grossa. Apesar da vulnerabilidade chegar a alto em alguns pontos vemos que os resultados das causas antrópicas nas zonas costeiras não estão alcançando amplas dimensões. Mas não é por isso que algumas medidas podem ser tomadas para que essas praias não aumentem o seu grau de vulnerabilidade. Como: impedir a expansão urbana em direção ao mar e preservação das áreas de mangue, das áreas dunas e a preservação de áreas essenciais para manutenção natural da zona costeira, dentre outros.

 

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