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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 4 em 2022

“AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DOS PROCESSOS EROSIVOS E DE VULNERABILIDADE NO LITORAL DO MUNICÍPIO DO PAULISTA – PE, E SUAS IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 4 em 2022

 

Aluno(a): José Diniz Madruga Neto

 

Orientador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso

 

Coorientador(a):

 

Título: “AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DOS PROCESSOS EROSIVOS E DE VULNERABILIDADE NO LITORAL DO MUNICÍPIO DO PAULISTA – PE, E SUAS IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS”

 

Data: 23/02/2022

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: http://meet.google.com/egu-cfxd-uwj

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Rochana Campos de Andrade Lima Santos (UFAL)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Fábio José de Araújo Pedrosa (UPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Renê Jota Arruda de Macêdo (UNIVASF)

 

Resumo:

 

Esta pesquisa foi realizada no munícipio do Paulista, litoral norte do estado de Pernambuco (Bacia da Paraíba), entre as praias de Enseadinha, localizada ao norte da desembocadura do rio Paratibe, e o pontal de Maria Farinha, localizada ao sul da desembocadura do rio Timbó. O trabalho teve intuito de levantar informações sobre o sistema costeiro, com base na caracterização morfodinâmica e geoambiental, quantificando o balanço sedimentar através de análises granulométricas; definir uma linha de preamar máxima atual; realizar levantamentos hidrodinâmicos; e analisar a vulnerabilidade das praias do referido município. Para isto, fez-se um monitoramento bimestral com o levantamento de sete perfis topográficos associados a coletas de sedimentos nos setores praiais, tais quais a antepraia, o estirâncio e pós-praia (quando houve), entre os meses de julho/2019 e março/2020. Na correlação dos perfis topográficos associados à sedimentologia das amostras, os resultados indicaram que o balanço sedimentar foi positivo (deposicional) em quatro pontos, sendo o perfil praial 4, na praia de Pau Amarelo, onde houve a maior variação com +17,6m³/m. Em outros três perfis, o balanço final foi negativo, sendo o perfil 2 o que obteve a maior variação negativa com -26,4m³/m. A sedimentologia mostrou que aproximadamente 90% das 79 amostras coletadas foram classificadas na fração areia. O perfil 4 apresentou 100% das amostras com assimetria negativa, típica de ambientes praiais, e que, associada a outros parâmetros, podem indicar áreas que estão em processo de erosão. No que se refere ao levantamento da linha de preamar máxima, constatou-se a retrogradação da linha de costa em grande parte da área de estudo, em virtude, sobretudo, da ocupação desordenada no litoral, onde a população busca cada vez mais morar em frente ao mar, realizando, para isso, obras antrópicas e invadindo a faixa de praia. Com relação a análise da vulnerabilidade, foram utilizadas duas variáveis: a Costeira e a Continental. De modo geral, os indicadores utilizados revelaram um litoral altamente vulnerável, com aproximadamente 65% da linha de costa apresentando intenso processo erosivo, com a presença de obras de proteção costeira sem uma fundamentação técnica adequada, e/ou em mau estado de conservação. Em 31% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como moderada, apresentando em geral uma faixa de praia estreita, vegetação do tipo gramínea e um baixo quantitativo de ocupações. Apenas no extremo norte da área, no pontal da praia de Maria Farinha, representando 4% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como baixa. Isto ocorreu, sobretudo, pelo bom suprimento sedimentar na área, acresção da linha de costa, presença de bancos de areia e, principalmente, pela ausência de ocupações.

 

Palavras-chave: Linha de costa; Morfodinâmica; Sedimentologia; Erosão Costeira; Vulnerabilidade Ambiental; Paulista – PE.