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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 4 em 2018

“PETROGRAFIA, GEOQUÍMICA, GEOFÍSICA, CARACTERIZAÇÃO GEOTECTÔNICA DO PLÚTONS SERRA DA CAIÇARA, SANTANA DO IPANEMA E MARAVILHA, PORÇÃO CENTRO NOROESTE DO BATÓLITO ÁGUAS BELAS – CANINDÉ, DOMÍNIO PERNAMBUCO ALAGOAS, PROVÍNCIA DA BORBOREMA, NORDESTE DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 4 em 2018

 

Aluno(a): Charles Henrique Fernandes Sales das Neves

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves (UFPE)

 

Título: “PETROGRAFIA, GEOQUÍMICA, GEOFÍSICA, CARACTERIZAÇÃO GEOTECTÔNICA DO PLÚTONS SERRA DA CAIÇARA, SANTANA DO IPANEMA E MARAVILHA, PORÇÃO CENTRO NOROESTE DO BATÓLITO ÁGUAS BELAS – CANINDÉ, DOMÍNIO PERNAMBUCO ALAGOAS, PROVÍNCIA DA BORBOREMA, NORDESTE DO BRASIL”

 

Data: 08/03/2018

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Paulo de Barros Correia (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Alcides Nóbrega Sial (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Carla Joana Santos Barreto (UFPE)

 

Resumo:

 

Neste trabalho foi realizado um mapeamento geológico, escala de 1:50.000, na porção noroeste do batólito Águas Belas-Canindé, domínio Pernambuco-Alagoas, da Província Borborema, nordeste do Brasil. Foram individualizadas cinco unidades: Maravilha, constituída por monzogranitos, com textura porfirítica dada por fenocristais de feldspato potássico (chegando a atingir 5cm), marcada por uma foliação magmática de direção NW-SE e pelo predomínio de biotita em relação a hornblenda; Serra da Caiçara, constituída de hornblenda quartzo sienito a hornblenda quartzo álcali feldspato sienito, ligeiramente porfirítico, marcada por presença de cristais de hornblenda de ~1cm; Tanquinho, composta de quartzo sienito a quartzo monzonito, com textura porfirítica, dada pelos fenocristais de feldspato potássico (chega a atingir 7cm); Santana do Ipanema, variando de monzogranitos a sienogranitos, marcado por ser equigranular e por apresentar aproximadamente as mesmas quantidades de hornblenda e biotita; Anfibolito, que encontra-se metamorfizado na fácies epídoto anfibolito e possui orientação da foliação com direção de 120° Az. Foram realizadas análises químicas em rocha total (elementos maiores, menores, terras raras), minerais e geocronologia dos plútons Serra da Caiçara, Santana do Ipanema e Maravilha. Quimicamente as rochas são: cálcio-alcalina de alto potássio a shoshoníticas; da série magnesiana, com química semelhante a granitos de cordilheira; metaluminosas a levemente peraluminosas; os padrões de REE indicam possível fracionamento de plagioclásio, associadas a anomalias negativas de Eu; Os spidergramas apontam anomalias negativas de Nb, Ta e Ti típicas de granitos associados à subducção, além de anomalias negativas de fósforo, associadas com fracionamento de apatita; formadas em ambiente de arco magmático; derivadas da fusão de basaltos ricos em K; a cristalização foi em condições de alta fugacidade de O2; a temperatura do liquidus atingiram valores máximos de 890°C. No plúton Serra da Caiçara, foi aplicado o método de Anisotropia de Susceptibilidade Magnética. O plúton possui alta susceptibilidade magnética (K), variando entre 0,59 x 10-3SI a 41,53 x 10-3SI (distribuição ferromagnética). O grau de anisotropia (P) varia de 1.011 a 1.397; possui maiores valores associados com as bordas do corpo, aumentando com o aumento de K. O elipsoide magnético (T) indica uma fábrica mista, levemente mais oblata, com valores entre -0,882 e 0,907. Os planos magnéticos possuem duas direções preferenciais: NW-SE, dominante, geralmente mergulhando para SW, com inclinação média de ~50°; e NNE-SSW, com mergulho mais variado e inclinação média de ~60°, sendo restrita às porções NW e SE do plúton, associadas aos maiores valores de P. As lineações, majoritariamente, apresentam angulação baixa, possuindo média geral de ~30º e o sentido de mergulho é preferencialmente SE, indicando a direção do sentido do fluxo magmático. A trama estrutural magnética, observada no plúton, é condizente com o arcabouço estrutural da região, que possui duas direções principais, NE-SW e NW-SE, observadas em imagens de magnetometria e satélite. Essas estruturas são associadas à orogênese Brasiliana-Pan Africana e podem ser separadas em uma fase de baixo ângulo e uma subsequente fase de transcorrência. Acredita-se que a trama estrutural interna do plúton Serra da Caiçara (idade 616±3Ma) formou-se durante a intrusão do corpo, que possivelmente aproveitou a fase de baixo ângulo da região para intrudir. A fase transcorrente atua no plúton Serra da Caiçara condicionando suas bordas e dando a forma final do corpo. Os plúton Santana do Ipanema (621±5Ma) e Maravilha (627±5Ma) também possuem intrusão associada com a fase de baixo ângulo da orogênese Brasiliana. Os dados químicos para os plútons Serra da Caiçara, Tanquinho e Maravilha são sugestivos de ambiente de arco, indicando uma possível formação de arco magmático influenciando nas intrusões dos plútons de idade ~620Ma no Domínio Pernambuco – Alagoas.

 

Palavras-chave: Granitos; Batólito Águas Belas – Canindé; Geoquimica; Geofísica; Geocronologia; Anisotropia de Susceptibilidade Magnética; Arco Magmático.