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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 2 em 2018

“CARACTERIZAÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA SUB-BACIA OLINDA, BACIA PARAÍBA E EMBASAMENTO ADJACENTE, NE DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 2 em 2018

 

Aluno(a): João Gabriel de Oliveira Topan

 

Orientador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Francisco Hilário Rego Bezerra (UFRN)

 

Título: “CARACTERIZAÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA SUB-BACIA OLINDA, BACIA PARAÍBA E EMBASAMENTO ADJACENTE, NE DO BRASIL”

 

Data: 02/02/2018

 

Horário: 9h

 

Local: Sala de Projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5.º (quinto) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Tiago Siqueira de Miranda (UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Sérgio Pacheco Neves (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Roberto Gusmão de Oliveira (CPRM)

 

Resumo:

 

A Bacia Paraíba está localizada no extremo leste da Província Borborema, e abrange parte do litoral do Estado de Pernambuco e todo o Estado da Paraíba. A bacia é limitada a norte da Zona de Cisalhamento Pernambuco e ao sul do Alto de Mamanguape, esse seria um prolongamento da Zona de Cisalhamento Patos. A Bacia da Paraíba é sobreposta a rochas supracrustais, graníticas e ortognaisses, do Paleo- ao Neoproterozóico. A bacia tem sua evolução originada do rifteamento entre os continentes Sul-Americano e Africano. Este primeiro grande evento tectônico reativou as zonas de cisalhemento com trending NE-SW e E-W, entre o Jurássico Inferior e o Eo-Cretáceo, durante o início da quebra do Pangea. Comportando-se como uma rampa estrutural, que mergulha suavemente na direção leste, apresentando blocos falhados com baixo gradiente de rejeito. Dividida em três sub-bacias, Olinda, Alhandra e Miriri. A Sub-Bacia Olinda é limitada a sul pela Zona de Cisalhamento Pernambuco e ao norte pela Falha de Goiana, sendo o principal foco deste trabalho. Para alcançar os objetivos foram utilizados o processamento de sensores remotos, como o SRTm com sombreamento de relevo, processamento de dados aerogeofísicos, magnetometria (primeira derivada vertical, anomalia do sinal analítico, derivada tilt) para a observação das estruturas de superfície e sub-superfície, a utilização de dados de aerogamaespectrometria para o mapeamento litogeofísico do norte da Sub-bacia Olinda, assim caracterizando as diferentes respostas dos elemento radioativos (K, Th, U), processamento de redução ao pólo, para o mapeamento dos diques e análise petrográfica. O objetivo geral do presente trabalho é a análise tectno-estratigráfica da Sub-bacia Olinda. Desta forma foram caracterizadas pelo menos três fases de deformação da bacia desde o Cretáceo até o Terciário, sendo estas, NNW-SSE, ENE-WSW e E-W, além da observação de reativações de zonas de cisalhamentos dúcteis do embasamento de forma rúptil na bacia. A Sub-bacia Olinda foi compartimentada em novos grabéns, Grabén de Itapessoca, o Grabén de Itamaracá, o Grabén de Igarassu-Olinda e Grabén de Casa Forte, definindo os depocentros destra sub-bacia. O mapa litogeofísico foi dividido em 16 grupos de razões altas médias e baixas dos radio elementos potássio (K), tório (Th) e urânio (U). Através do filtro de redução ao pólo aplicado à aeromagnetometria foi possível o mapeamento dos diques de dacito pórfiro, possibilitando o mapeamento deste litotipo e incluindo em mapas mais recentes da região. Foram mapeados diques de três litotipos 1) Diabásio, caracterizado por afloramentos rasteiros em forma de blocos e com tendência NE-SW, petrograficamente apresentando texto sub-ofídica; 2) Dácito pórfiro, caracterizado por bloco métricos, com tendências NE-SW, com fenocristais de plagioclásio, quartzo e k-feldspato, matriz afanítica e máfica, indicando uma possível mistura entre magmas; 3) Basalto na forma de diques contando os ortognaisses, composto de clinopiroxênio, ortopiroxênio e plagioclásio, de granulação fina e hipocristalina. Os diques podem estar relacionados a um vulcanismo da abertura da bacia, de idade paleozoica ou ainda estar associado ao vulcanismo da Suíte Magmática Ipojuca, são levantadas estas hipóteses por não ser possível observar relações estratigráficas em campo com os sedimentos da bacia e a observação de que estes corpos ígneos são mais novos que o embasamento Neoproterozóico. O presente mapeamento foi todo elaborado dentro de um banco de dados geográfico, no qual foi aplicado uma rotina de mapeamento geológico em banco de dados geográfico. O banco de dados gerado servirá de modelo para um banco de dados geral da compilação de mapas geológicos já gerados e futuros mapeamentos do Laboratório de Geologia Sedimentar e Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco.

 

 

Palavras-chave: Sub-Bacia Olinda; análise tectono-estratigráfica; sub-vulcânicas.