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Seminários no PPGECON

Seminários 24/09/2018

Na segunda-feira 24/09/2018 às 15hs na sala k7, o PPGECON realizará o seminário do seguinte artigo: Dinâmica da oferta de trabalho familiar no Brasil em um contexto de mudanças demográficas”, de autoria da Drª. Danyella Juliana Martins de Brito.

 

Resumo: Esta tese explora diferentes dimensões da oferta de trabalho familiar no Brasil, com enfoque específico nas mudanças observadas dos arranjos familiares. O argumento principal que permeia toda discussão desenvolvida ao longo da tese é de que as mudanças nos arranjos familiares ensejam alterações na oferta de trabalho. Desse modo, na primeira aplicação empírica, o fenômeno da polarização da oferta de trabalho familiar é investigado ao longo dos anos de 1993 a 2015 no Brasil urbano, com os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Registra-se ao longo dos anos um aumento da taxa de famílias em que nenhum adulto trabalha, bem como uma elevação da polarização da oferta de trabalho entre os agregados familiares. Os estados pertencentes a região Nordeste possuem as maiores taxas de famílias sem trabalho. No país, o aumento da taxa de famílias sem trabalho decorre mais fortemente de uma crescente distribuição distorcida do emprego entre as famílias, do que de mudanças na estrutura familiar. Ademais, com os mesmos dados, foram obtidos os fatores de risco associados a maior probabilidade individual de viver em uma família sem trabalho. Esses foram estimados a partir de regressões logísticas multinomiais, para as chances de estar numa família em que nenhum adulto trabalha, estar numa família em que todos os adultos trabalham, ou estar numa família em que nem todos os adultos trabalham. Os resultados demonstram que indivíduos adultos, com mais qualificações educacionais são menos propensos a viver em agregados familiares sem trabalho. Sobre as características do domicílio, viver em famílias maiores (em número de adultos), monoparentais, e de casais com filhos, representam menores riscos de estar numa família sem trabalho, ao longo dos anos. As mulheres que vivem em domicílios com elevada razão de dependência infantil apresentam uma maior probabilidade de estar em agregados familiares sem emprego, e tais chances são mais expressivas do que as observadas para os homens.

 

Data da última modificação: 12/09/2018, 08:29