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RESPOSTA AO RECURSO DE DEFESA DO PRÉ-PROJETO (José Henrique Bezerra)

Candidato: José Henrique Bezerra

 

Resumo: Após apresentar uma análise da entrevista, enfatizando que respondeu adequadamente às indagações da banca, o candidato diz não entender por que houve uma redução significativa da nota que recebeu na defesa do pré-projeto em comparação com a avaliação da defesa desse mesmo pré-projeto. O candidato então analisa como acredita ter respondido adequadamente aos critérios C1, C2, C3 e C4 da defesa do pre-projeto. 

 

 

Resposta:

 

Em relação à discrepância entre as notas recebidas na fase de avaliação do pré-projeto e as notas recebidas na avaliação da defesa do mesmo pré-projeto: ressaltamos que os critérios de análise que guiam essas duas etapas do processo seletivo são diferentes (ver tabelas 3.1.1.2 e 3.1.1.5 do edital). Portanto, mesmo tendo apresentado, na defesa, “os mesmos argumentos apresentados no pré-projeto”, as duas fases são diferentes. Na defesa, a banca espera que o autor responda satisfatoriamente sobre possíveis lacunas identificadas no projeto, bem como sobre exequibilidade do trabalho, consistência teórica, adequação a área, dentre outros aspectos. 

 

O candidato apresenta uma descrição da entrevista e uma avaliação da qualidade das respostas que ofereceu às perguntas da banca. Primeiro, ressaltamos que houve bastante consistência entre as avaliações que os três membros da banca fizeram das respostas. Essa consistência entre as notas dos avaliadores indica uma convergência em relação à avaliação da defesa do projeto e nos dá confiança de que as notas atribuídas refletem as limitações do projeto. A discrepância entre a avaliação da banca e a autoavaliação que o candidato apresenta é, portanto, menos relevante para os propósitos da seleção. Na defesa, o conhecimento do autor preliminarmente captado durante a avaliação do material escrito precisa aparecer na fala do proponente de maneira complementar, portanto a mera repetição do material escrito na fala do autor não assegura desempenho similar na nova etapa. Segundo, as respostas oferecidas pelo candidato não convenceram a banca a respeito da relevância e do caráter inovador do estudo. O mesmo se propõe a testar hipóteses já consolidadas na literatura para o estudo de um objeto (ADC) pouco estudado. A relevância de testar hipóteses relacionadas à ADC não ficou claramente estabelecida pelo candidato. Longe de julgar o trabalho irrelevante, a banca fez uma avaliação da relevância relativa do estudo comparando-o aos demais projetos selecionados para a fase da defesa.  Com relação especificamente aos aspectos teóricos, critérios de conhecimento avaliados pela banca nas respostas não foram satisfatórios. A fala do candidato (comprovado pela própria descrição dos eventos no recurso) revela que, a despeito da disposição de aprender mais sobre os temas, houve clara insuficiência quanto ao “domínio” (C2) do referencial e da literatura. Em relação ao objeto (ADC), as respostas foram suficientes para sanar dúvidas acerca da articulação entre metodologia e referencial; houve, desse modo,  baixa “articulação teórico-metodológica” (C2). 

 

Por fim, mas não menos importante, a banca ressalta que o processo seletivo para o mestrado do PPGCP da UFPE é bastante competitivo. Recebemos cerca de 50 projetos de candidatos de instituições de todo o país. Além disso, a banca também ressalta que o PPGCP possui recursos humanos limitados e que o tamanho das turmas precisa se adequar à capacidade dos professores do programa, que são comprometidos com formação e treinamento de qualidade dos nossos alunos. Devido a essas razões, muitos projetos promissores acabam não avançando no processo seletivo, como aconteceu com o projeto em questão. Esperamos que a experiência de participação nesta seleção contribua para o aperfeiçoamento futuro da pesquisa do candidato.

 

A comissão

Data da última modificação: 20/10/2022, 02:48