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UFPE e Fiocruz monitoram eficácia da vacinação na comunidade quilombola de Alverne, em Alagoinha

Povoado apresenta praticamente toda a sua população adulta vacinada com as duas doses do imunizante AstraZeneca/Oxford

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai monitorar a eficácia da vacinação contra a covid-19 na comunidade quilombola do povoado de Alverne, em Alagoinha, no Agreste de Pernambuco. A comunidade quilombola foi escolhida porque o povoado, com quase 400 habitantes, apresenta praticamente toda a sua população adulta vacinada com as duas doses do imunizante AstraZeneca/Oxford.

“É um grupo interessante para fazer um acompanhamento a longo prazo do tempo de imunização e monitoramento de novas variantes ou casos de reinfecção”, afirma a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em lnovação Terapêutica Suely Galdino (Nupit-SG) Michelly Pereira, que também é professora do Departamento de Farmacologia e Fisiologia. Ela explica que o monitoramento será realizado por seis meses, com coleta de amostras dos residentes do povoado e por análises de registros em bancos de dados.

Os pesquisadores da UFPE, dos campi Recife e Caruaru, juntamente com pesquisadores da Fiocruz e a Secretaria de Saúde de Alagoinha, irão realizar o monitoramento epidemiológico da população para avaliar casos de reinfecção e infecção pós-vacinação e investigar a imunidade a longo prazo após a vacinação. A professora esclarece ainda que, em casos de infecção com SARS-CoV-2, as amostras poderão ser sequenciadas para análise de variantes.

“Este monitoramento objetiva elucidar a cobertura vacinal e verificar se alguma variante de preocupação (VOC) está circulando no povoado, para um rastreio mais preciso. Ademais, iremos monitorar possíveis efeitos adversos da vacina”, informa a professora. Alagoinha fica a 225 quilômetros de distância do Recife.

Data da última modificação: 06/08/2021, 17:28