A terceira dupla a participar do interprograma Poesia Viva, da TVU, será Cynthia Falcão, acompanhada pela poesia “A Rosa”, de Carolina Maria de Jesus e Ronaldo Patrício, com “Sou Negro”, de Solano Trindade. Ambos serão veiculados a partir de amanhã (9) nos intervalos da programação da TVU. 

Fotos: Divulgação/TVU

Ronaldo Patrício declama Solano Trindade

Cynthia Falcão é realizadora, documentarista e radialista pernambucana, graduada em Comunicação Social – Rádio e TV, pela Universidade Federal de Pernambuco, com experiência em gestão, política e formação audiovisual. É coordenadora da Massangana Produções Audiovisuais Educativas /Centro Audiovisual Norte-Nordeste (Canne) na Fundação Joaquim Nabuco. Carolina Maria de Jesus, mineira, nascida em uma comunidade rural, é uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil. Aos 33 anos, migrou para São Paulo e construiu sua própria casa, usando madeira, lata e papelão catados por ela nas ruas. Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, registrava seu testemunho do cotidiano da comunidade nos cadernos encontrados no lixo. Um destes cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem ao seu livro mais famoso, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com cem mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas em mais de 40 países. Morreu em 1977, vítima de insuficiência respiratória.

Cynthia Falcão emociona com os versos de Carolina Maria de Jesus

Ronaldo Patrício é ator, dançarino e cantor, tendo atuado em peças e musicais, e também coreografado alguns espetáculos. Em janeiro deste ano, lançou seu primeiro clipe interpretando a canção “Rama de Nuvens”, de Danilo Caymmi e Hermínio Bello de Carvalho, em seu canal homônimo no YouTube, acompanhando pelo Quarteto de Violões Tapioca de Shark. Solano Trindade, recifense, poeta, pintor, teatrólogo, ator, folclorista e ativista político construiu sua trajetória valorizando a estética negra e a cultura afro-brasileira. Criou a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-Brasileiro. No Rio Grande do Sul, o Grupo de Arte Popular. No Rio de Janeiro, o Comitê Democrático Afro-Brasileiro, o I Congresso Afro-Brasileiro, o Teatro Experimental do Negro, Teatro Folclórico Brasileiro, o Teatro Popular Brasileiro e o grupo de dança Brasiliana. Morreu no Rio de janeiro, em 1974.

Ficha técnica:
Direção: Clara Angélica
Câmera: Juliana Gleymir / Heric Bacellar
Som: Marco Antônio Correia
Direção de imagens: Daniela Rios
Videoarte: Charles Martins