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Giro Nordeste debate ações de checagem de notícias

Tai Nalon, diretora da agência de checagem Aos Fatos, aponta que especialistas acreditam que a melhor maneira de combater a desinformação é indo atrás de quem financia isso

O Giro Nordeste recebe, hoje (21), às 17h, Tai Nalon, diretora-executiva do site Aos Fatos, plataforma jornalística de investigação de campanhas de desinformação e de checagem de fatos. Na entrevista, ela fala sobre o avanço das tecnologias e a distribuição de conteúdo falso com o apoio de financiamento de campanhas de desinformação. Agência de checagem parceira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Programa de Enfrentamento à Desinformação, a Aos Fatos monitora há sete anos, segundo a diretora, o discurso dos políticos que ocupam cargos estratégicos, sobretudo na administração federal. Veiculado na TVU (canal 11.1) sempre às sextas-feiras, o Giro Nordeste começa às 17h em função do período de veiculação do guia eleitoral.

“Não é só o presidente da República, são candidatos às eleições, governadores que eventualmente possam ter algum tipo de influência sobre a opinião pública durante a campanha eleitoral, deputados, senadores, ministros do Supremo, enfim uma série de personalidades da política que têm influência na opinião pública, têm impacto na tomada de decisões dos nossos representantes”, explica Tai Nalon.

De acordo com a co-fundadora da plataforma, é difícil medir a intencionalidade dos políticos na hora de eles falarem alguma coisa falsa. “Aos Fatos considera uma mentira aquilo que é repetido exaustivamente, ou seja, o que um candidato ou político, uma autoridade diz várias vezes e que não se corrige, embora tenha sido corrigido várias vezes e tenha sido questionado pelo Aos Fatos e outras iniciativas de jornalismo inúmeras vezes”, afirma.

Sobre possíveis regras para as eleições de 2024 para impedir ou minimizar a disseminação de notícias falsas, a diretora da agência de checagem é incisiva: “Eu sou bastante cética e avessa com relação a regras que incentivem censura prévia”. Para Tai Nalon, é muito difícil legislar e colocar regras estanques em ambientes cujo fluxo de informação evolui de uma maneira muito rápida. Durante a conversa, a convidada lembra que “mesmo países que têm democracias consolidadas tentam entender como combater, como regulamentar a distribuição de informações, como considerá-las falsas e como combater a indústria da mentira”.

Data da última modificação: 21/10/2022, 12:56