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Consort de Flautas se apresenta domingo no Museu de Arte Sacra de Pernambuco

Grupo surgiu no ano 2000 pelas mãos da professora Daniele Cruz, do Departamento de Música

Da assessoria do evento

Para aqueles que amam a música clássica e para os que desejam conhecer um pouco desse universo, o projeto “Relicários: memórias do som” traz, no próximo domingo (8), às 16h, ao Museu de Arte Sacra de Pernambuco, em Olinda, um concerto do Consort de Flautas. A iniciativa é incentivada pelo Funcultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e conta com o apoio do Departamento de Música da UFPE. 

Foto: Divulgação

Grupo foi criado pela professora Daniele Cruz, do Departamento de Música

Nos séculos XVI e XVII, os consorts significavam conjuntos constituídos por instrumentos de uma mesma família (whole consorts) ou por instrumentos variados (broken consorts). Em Pernambuco, esse tipo de agrupação musical, no caso de flautas, surgiu no ano 2000 pelas mãos da professora Daniele Cruz, do Departamento de Música da UFPE, com apoio da Proacad, que adquiriu nove flautas de modelo renascentista. 

Inicialmente, o Consort de Flautas dedicou-se à interpretação das músicas quinhentista e seiscentista. Entretanto, a necessidade de ampliar o repertório levou-o a imergir no universo sonoro do século XX/XXI, visitando estilos e gêneros diversos. Tendo atuado em concertos em Pernambuco e em outros estados brasileiros, o grupo lançou seu primeiro CD em 2010, no Instituto Ricardo Brennand. Atualmente em sua terceira formação, o consort se dedica também à música barroca e à música brasileira, levando ao público uma mostra dos repertórios destinados a conjunto de flautas doces.

RELICÁRIOS – A ideia da série de concertos é apresentar um conceito de “museu vivo do som”. Da mesma forma que um relicário guarda objetos sagrados, a partitura preserva em si a música de diversas épocas e estilos. Durante os concertos, os músicos trazem à vida o som guardado nessas partituras escritas no passado.

O projeto Relicários apresenta a tradição da música clássica, revelando a genialidade de compositores como Bach, Vivaldi e Verdi ou os brasileiros Carlos Gomes, José Maurício Nunes Garcia e Guerra-Peixe. "Ao mesmo tempo, ele propõe a ideia de renovação com a inclusão de autores da cena atual, valorizando a música brasileira e pernambucana e dando vida a novas composições, possibilitando ainda a liberdade de diferentes experiências interpretativas”, explica a cravista Maria Aída Barroso, idealizadora e coordenadora da série de concertos. 

“A criação de espaços e séries musicais que permitem o acesso da população a esta arte é fundamental para o aprimoramento do ser humano. A música é muito mais que um breve entretenimento, se revelando um estímulo à sensibilidade. Propomos esta série de concertos por acreditar profundamente nesse pensamento e na necessidade da divulgação desta arte se ampliar e chegar de forma mais intensa e eficaz ao público pernambucano”, completa.

Os concertos terão duração de uma hora e apresentarão peças para diferentes formações instrumentais, abrangendo as diversas famílias de instrumentos: cordas friccionadas, cordas percutidas, cordas pinçadas, sopros (madeiras e metais), voz, teclas e percussão. Todos os grupos e músicos foram selecionados por sua reconhecida atuação no meio cultural brasileiro, em trabalhos de performance, pesquisa interpretativa e/ou musicológica, sendo a maioria dos artistas professores, alunos e ex-alunos do Departamento de Música da UFPE.

Entre os grupos que se apresentarão até o mês de dezembro o Consort de Flautas, Grupo Instrumental Brasil, Grupo de percussão LaptoP, Grupo vocal Opus 4, Grupo Canção Brasil, Quarteto Variante e Quarteto Encore. O projeto conta ainda com a participação de A Trupe Barroca, conjunto instrumental convidado de Vitória (ES). 

 

 

Data da última modificação: 03/07/2018, 18:04