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Nota de pesar pelo falecimento de Lygia Martins Costa: museóloga que contribuiu para o tombamento da Faculdade de Direito do Recife

 

É com pesar que o Projeto Memória Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife tomou conhecimento do falecimento de Lygia Martins Costa. Nascida em Pinhal (RJ) no ano de 1914, Lygia Martins formou-se no curso técnico de Museus do Museu Histórico Nacional, considerado este o primeiro passo para o que viria a ser o primeiro curso de Museologia do Brasil. 

Iniciando a sua carreira no Museu Nacional de Belas Artes, em 1952 ela ingressou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), tornando-se a primeira mulher museóloga do Patrimônio Cultural do Brasil, título este que ela abraçou com êxito, de maneira que recebeu a Medalha Mário de Andrade como forma de reconhecimento pelo seu trabalho de valorização e preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.

Dentre as suas várias e importantes atuações no SPHAN está a intervenção de Lygia Martins Costa no processo de tombamento do prédio da Faculdade de Direito do Recife, processo este que teve início no ano de 1977, época em que o palácio se encontrava em uma situação de triste calamidade.

Emitido em 13 de junho de 1980, Lygia Costa destacou em seu parecer que o motivo do palácio merecer o tombamento não é unicamente pela estrutura do prédio - “Se a arquitetura não é de valor excepcional, como não o é também seu recheio, é contudo bastante representativa do período eclético” - , mas também por ele representar cultural e historicamente um “centro catalisador da intelectualidade e dos valores nacionalistas e liberais de gerações sucessivas ”