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Caracterização paleoambiental de sedimentos holocênicos é tema de doutorado

O aluno Silvio Eduardo Matos Martins foi orientado pelo professor Roberto Lima Barcellos e coorientado pela professora Lúcia Maria Mafra Valença

O Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGEOC) da UFPE promove, amanhã (27), às 9h, a defesa da tese de doutorado “Caracterização paleoambiental de sedimentos holocênicos da plataforma continental interna adjacente ao Porto de Recife e do Estuário do Rio Formoso, costa de Pernambuco – Brasil”, na sala de reunião do PPGEOC (sala 326), no 3º andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG).

O aluno Silvio Eduardo Matos Martins foi orientado pelo professor Roberto Lima Barcellos e coorientado pela professora Lúcia Maria Mafra Valença. A banca examinadora será composta pelos professores Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC), José Antonio Barbosa (PPGEOC), Antonio Fernando de Souza Queiroz (Universidade Federal da Bahia) e Marlon Carlos França (Instituto Federal do Pará), além do orientador.

Resumo:

O nível relativo do mar sofreu flutuações globais após o Último Máximo Glacial (18.000 anos AP). Essas flutuações e o transporte longitudinal de areia, associados com mudanças paleoclimáticas, controlaram a construção das planícies costeiras atuais no Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo ambiental dos depósitos sedimentares do Holoceno na Plataforma continental interna na área de influência do Porto do Recife e no sistema estuarino do Rio Formoso, sul de Pernambuco, com a finalidade de melhor compreender os processos atuantes na evolução deposicional e as resultantes geomorfológicas no sistema costeiro. Foram coletados cinco testemunhos, dois deles na plataforma interna (T1, T2) e três no estuário do rio Formoso (T3, T4, T5). Os testemunhos foram subamostrados para análises de conteúdo do carbonato de cálcio, matéria orgânica total, palinologia, análises sedimentológicas elementares e isotópicas de C e N, taxas de sedimentação (210Pb) e datações (14C). Os dados foram tratados segundo os parâmetros estatísticos de Folk & Ward, descritos segundo as classificações faciológicas de Larsonneur (1977) e Shepard e, por fim, aplicado o coeficiente de correlação de Pearson (r). T1 e T2 apresentaram taxas de sedimentação variando entre 0,33 e 1,58cm/a, sendo identificadas três fácies deposicionais. A área portuária apresentou diferentes níveis de influência tecnogênica no que diz respeito às mudanças hidrodinâmicas, nas composições sedimentares e de parâmetros geoquímicos. T3, T4 e T5 apresentaram taxas de sedimentação variando de 0,03 a 0,10cm/a, sendo identificadas seis fácies deposicionais. T5 foi subdividido em cinco zonas palinológicas, segundo as composições dos taxa classificados como árvores/arbustos, ervas, árvores de manguezal, palmeiras, esporos, além de micro foraminíferos. A análise multiproxy possibilitou a interpretação paleoambiental caracterizando: entre 7.214 – 6.712 anos Cal. AP – sistema transicional lago/laguna costeira; 6.712 – 4.570 anos Cal. AP – sistema praial/canal de maré; e 4.570 – 1.795 anos Cal. AP – sistema praial. O estuário atual se estabeleceu a partir de 1.795 anos Cal. AP. As variações na composição da vegetação nos últimos 7.200 anos no sistema estuarino refletem as oscilações climáticas e a forte influência das variações no nível do mar local, as quais foram responsáveis por modificações na paleogeografia e geomorfologia costeira.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Geociências
(81) 2126.8902
ppgeocufpe@gmail.com

Date of last modification: 26/07/2017, 13:31