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UFPE cria Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia para o Centro Acadêmico do Agreste

Modelo de curso BICT já foi implantado com sucesso em outras instituições de Ensino Superior, como a UFRN e UFABC

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFPE aprovou a criação do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT) e das formações complementares de Bacharelado Interdisciplinar em Matemática Aplicada e Bacharelado Interdisciplinar em Ciência de Materiais para o Centro Acadêmico do Agreste, em Caruaru. A iniciativa se justifica pelo crescimento socioeconômico contínuo da região, sendo necessária a implantação de uma estrutura de formação e estímulo de novos polos econômicos no Agreste pernambucano. Serão oferecidas, para os ingressantes em 2022, 40 vagas na primeira entrada.

O Projeto Pedagógico que substanciou a criação dos cursos se propõe a atender uma mudança nos paradigmas educacionais que estabeleceram novas formações universitárias a partir de um olhar mais ampliado para as profissões e o mercado de trabalho. “Trata-se da formação superior interdisciplinar e geral em três anos (1º Ciclo) em conteúdos fundamentais da grande área de Ciências Exatas, da Natureza e Tecnologia, na qual o profissional seja capaz de se adaptar às novas condições de seu tempo e propor a resolução de problemas considerando seus aspectos tecnológicos, políticos, econômicos, sociais, ambientais, de sustentabilidade e culturais”, explica a professora Juliana Angeiras, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Ciências Exatas e da Natureza (Nicen) do CAA. 

Além disso, segundo Juliana, a flexibilidade característica do formato de tais bacharelados permite a oferta de cursos de 2º Ciclo (com mais um ano de formação) voltados para atender às demandas específicas que possam surgir ao longo do tempo na área de Ciências Exatas e Tecnologia. Assim, os cursos de Matemática Aplicada e de Ciência de Materiais serão opções imediatas para a formação de 2º Ciclo.

“É um curso que possui estrutura curricular tanto de caráter generalista, com componentes nas áreas de Ciência, Tecnologia, Saúde e Humanidades, quanto com propósito profissional, especialmente nas áreas de Ciências e Tecnologia”, explica o professor e diretor do CAA, Manoel Guedes.

“A criação desse Bacharelado Interdisciplinar é uma reivindicação antiga de toda a comunidade do Centro Acadêmico do Agreste a partir de uma demanda extremamente nítida e importante para o desenvolvimento cientifico e tecnológico de toda aquela região, e a atual gestão da Universidade fez um esforço para que isso finalmente se viabilizasse”, afirma o vice-reitor Moacyr Araújo. “O BICT representa o trabalho conjunto dos professores e da Direção do Centro, da comissão de elaboração do curso, da Diretoria de Desenvolvimento do Ensino (DDE) da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e da gestão central da UFPE”, afirma a pró-reitora de Graduação, Magna do Carmo Silva.

CICLOS – Para Magna, trata-se de uma proposta arrojada e inovadora na área de ensino, pesquisa, extensão e inovação “que irá qualificar os processos de aprendizagem dos futuros estudantes e oferecer à sociedade pernambucana, principalmente a do Agreste, Zona da Mata e Sertão, profissionais formados com um perfil extremamente interdisciplinar”.

Em seu primeiro ciclo, o BICT pretende formar profissionais com uma visão interdisciplinar ampliada que podem completar sua formação em diversas áreas de conhecimento em ciência e tecnologia e atender a diversas demandas do mercado nessas áreas: setores de P&D das indústrias locais, inovação em materiais, produtos e sistemas e, futuramente, com a articulação das saídas para as engenharias. 

Com previsão de início das atividades no semestre 2022.1, o curso espera atender os alunos da região que tenham interesse na área de tecnologia e ciências e uma formação flexível que permita atuar nas diversas áreas de desenvolvimento de novos materiais, de produtos, processos e sistemas, a fim de contemplar as demandas da indústria local, seja no polo de moda e confecções, no setor automotivo, de plástico, cerâmica, gesseiro, do Sertão ou de Recife e região metropolitana.

O professor Manoel Guedes afirma que o modelo de curso BICT do Campus do Agreste já foi implantado com sucesso em outras instituições de Ensino Superior, como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do ABC Paulista, entre outras. “A novidade fortalece, hoje, a perspectiva de formação inovadora, interdisciplinar e empreendedora da nossa unidade e poderá nuclear novos cursos nesse formato na nossa Universidade”, defende.

Date of last modification: 04/10/2021, 16:55