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Principais ações dos Estados Unidos para combater a pandemia são discutidas em webinar do Lika

Evento contou com a participação da cônsul-geral dos EUA em Recife, Jessica Simon, e com Amita Gupta, da Universidade Johns Hopkins

As principais ações realizadas pelos Estados Unidos dentro do seu próprio território, e o auxílio prestado à Região Nordeste do Brasil para combater a covid-19 foram debatidas em webinar promovido pelo Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE, em parceria com Consulado-Geral dos EUA em Recife, na última sexta-feira (24). O evento contou com a participação da cônsul-geral dos EUA em Recife, Jessica Simon, e com a vice-diretora do Centro de Educação em Saúde Clínica da Universidade Johns Hopkins, Amita Gupta. A mediação foi realizada pelos professores José Luiz de Lima Filho (Lika-UFPE) e Jones Albuquerque (IRRD-UFRPE).

De acordo com Jessica Simon, quando ela chegou à cidade do Recife como cônsul-geral, em setembro do ano passado, ficou claro que a prioridade da missão diplomática dos Estados Unidos em relação à Região Nordeste era o combate à covid-19 e que era necessário realizar planos robustos para atuar em parcerias com pessoas e instituições do Nordeste.

“Um dos exemplos recentes para a visão do futuro foram os termos de cooperação assinados com o governo de Pernambuco e da Paraíba. Esses termos irão nortear os trabalhos colaborativos dos EUA para os próximos anos nesses estados e municípios. Nós esperamos assinar mais termos como esses em outros estados da Região Nordeste”, afirmou a cônsul-geral.

Ela salientou que a crise sanitária imposta pela covid-19 envolve a todos e a parte positiva é que já se é sabido quais são as ações necessárias para se vencer essa doença, estando centradas nas vacinas, medidas de saúde pública e ações coletivas. Em relação à doação de vacinas, os EUA já enviaram 160 milhões de doses para cem países e segue comprando um total de meio bilhão de doses da Pfizer para doar aos países de média e baixa renda em todo o mundo.

Na Região Nordeste do Brasil, no período de um ano e meio, as ações realizadas pelos EUA contaram com doações de insumos médicos e sanitários para o Ceará, Maranhão e Pernambuco, incluindo parceiros como o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) Recife. Também foram entregues cestas básicas e kits de higiene pessoal para famílias necessitadas que residem no Recife. Já no Maranhão, foi entregue ainda um hospital de campanha fornecido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para atender às necessidades da comunidade.

Jessica Simon acredita que derrotar a pandemia da covid-19 nos dois países será fundamental para se garantir a recuperação econômica. “Como motor central da recuperação econômica, o governo se empenha diariamente para aumentar o comércio bilateral. Dessa forma, os líderes e o mundo todo podem se responsabilizar pelo progresso em direção às metas e objetivos globais de salvar vidas acabando com essa pandemia e reconstruindo uma melhor segurança sanitária”, completou.

VACINAÇÃO NOS EUA – Atualmente, o país apresenta cerca de 212 milhões de pessoas vacinadas com, pelo menos, uma dose e 181,7 milhão de pessoas totalmente vacinadas, o que corresponde a 54,7% da população totalmente vacinada.

Conforme dados coletados pelo Centro Americano de Controle de Doenças (CDC), o número de casos de pessoas infectadas e hospitalizadas são maiores nos grupos não vacinados. O número de óbitos dos indivíduos que não tomaram o imunizante é de três a seis vezes maior em relação aos que tomaram.

Para a vice-diretora do Centro de Educação em Saúde Clínica da Universidade Johns Hopkins, Amita Gupta, com o aumento da vacinação se tem percebido uma queda dos números de mortes e internamentos hospitalares; porém, o país tem enfrentado um grande desafio que é a hesitação de uma parcela da população em receber a vacina. Ela explica que boa parte dessa hesitação se deve aos mitos e desinformações que circulam no país a respeito das vacinas e para ela, a saúde pública tem que trabalhar em cima disto, combatendo esses mitos e desinformações.

“As questões que envolvem, muitas vezes, a hesitação em se vacinar estão centradas nos mitos, nas desinformações e nos questionamentos quanto à segurança porque muitos acreditam que ela é incerta por se tratar de uma vacina nova. É importante ressaltarmos que, em relação às gestantes, não se tem o risco de abortos espontâneos ou partos precoces devido ao uso das vacinas, e elas também não afetam a fertilidade de homens e mulheres, o contrário a isso, é mito”, elucidou.

Ela também informou que a administração do país investiu bilhões de dólares para criar uma estratégia de desenvolvimento antiviral contra a covid-19 objetivando novas terapias de tratamento, além de uma preparação para novas ameaças virais, incluindo testes mais rápidos e outras descobertas médicas.

“É preciso expandir o conhecimento básico da ciência para que possamos fazer descobertas de novas vacinas, e também temos que estar coordenados para sermos mais eficientes com nossos investimentos. Temos que ter esforços mais organizados para tratar a pandemia, isso é bastante necessário”, finalizou Amita Gupta.

Date of last modification: 27/09/2021, 18:04