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Presidente do TSE, Edson Fachin conhece projeto-piloto da UFPE para otimizar Teste de Integridade das urnas eletrônicas

Iniciativa, desenvolvida em parceria com a UFPE, foi demonstrada durante visita do presidente do TSE à sede do TRE-PE, na sexta-feira (27)

Com informações do TSE
 
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) apresentou na sexta-feira (27), em Recife, um projeto que usa inteligência artificial para otimizar e agilizar os testes de integridade da urna eletrônica. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, acompanhou a demonstração da iniciativa. O projeto pioneiro, desenvolvido através de convênio entre o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE) e a Softex, utiliza um braço robótico para realizar o teste de integridade das urnas. Dessa forma, o voto registrado na urna eletrônica será feito pelo braço robótico, a partir do reconhecimento dos números dos candidatos, através de algoritmo de Inteligência Artificial, preenchidos em cédula por uma pessoa. Hoje, esse processo é feito por servidoras, servidores ou eleitoras e eleitores voluntários. O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, participou do evento no TRE-PE.
 
Foto: Pedro Henrique Teixeira de Souza
Edson Fachin viu o braço robótico funcionar em demonstração
 
“Esta iniciativa vai automatizar o processo de auditoria nas urnas, aumentando a possibilidade de que futuramente mais urnas possam ser submetidas ao processo de conferência, o que diminuiria a necessidade de designar servidores ou colaboradores para o mesmo trabalho”, afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-PE, George Maciel.
 
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, destacou que o projeto passa, desde já, a ser de interesse de toda a Justiça Eleitoral e enalteceu a parceria institucional entre a Corte Regional e a UFPE na construção do protótipo. “Agregamos valor ao formular o diálogo entre conhecimento e experiência, revelando a importância das universidades públicas e as posições inovadoras dos TREs com esta ação aqui desenvolvida, sendo mais um passo importante para o desenvolvimento do sistema eleitoral”, enfatizou.
 
O projeto propõe utilizar um braço robótico e inteligência artificial para realizar a habilitação do eleitor e votação que ocorrem durante o teste de integridade na urna eletrônica, para automatizar o processo de auditoria. A partir de dados preenchidos em cédulas de papel, simulando opções de voto de eleitores, o sistema captura os números constantes na cédula e comanda o braço robótico para digitação dos mesmos números na urna eletrônica. Com isso, seria possível substituir a necessidade de servidores e colaboradores para esse tipo de trabalho. Neste ano, um total de 27 urnas eletrônicas serão submetidas ao Teste de Integridade, em Pernambuco. O projeto foi desenvolvido por professores e alunos da primeira turma da Residência em Robótica e Inteligência Artificial Aplicadas a Testes de Software da UFPE, através de convênio com a Softex e posterior acordo de parceria tripartite com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE).
 
Foto:  Marcondes Ricarte da Silva Junior 
Alexandre Mota torce para que o TSE invista na solução apresentada pelo CIn
 
O coordenador da Residência, professor Alexandre Mota, salientou que, “com um histórico de 20 anos, formando profissionais altamente especializados e resolvendo problemas industriais, o Centro de Informática está apresentando uma solução em robótica inteligente com o apoio do TRE-PE, com a perspectiva de que o TSE também abrace esta perspectiva de inovação e também invista em seu desenvolvimento e sua implantação em todo o solo brasileiro”.
 
TESTE DE INTEGRIDADE – O teste de integridade é uma das principais auditorias do processo eleitoral. O procedimento é utilizado pela Justiça Eleitoral desde 2002, com o objetivo de testar a segurança na captação e contagem do voto pela urna eletrônica. O teste consiste na realização de uma votação equivalente à votação oficial com o propósito de comprovar que o voto recebido/digitado é exatamente aquele que será contabilizado.
 
O processo começa na véspera das eleições, quando a Justiça Eleitoral, em cerimônia pública, sorteia algumas das seções eleitorais – entre as de todo o país – que serão submetidas às auditorias. O número de urnas a ser auditado varia de três a cinco, dependendo do número de seções eleitorais que a unidade da Federação (UF) possuir. O procedimento conta com a participação de cidadãs e cidadãos no processo de auditagem do sistema eleitoral brasileiro, garantindo o pleno exercício do voto, da cidadania e da escolha democrática de seus representantes com total segurança.
 
Todos os procedimentos de auditoria são monitorados por entidades fiscalizadoras, representantes dos partidos políticos, do Ministério Público (MP), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por qualquer pessoa interessada. Essa fiscalização é realizada em todas as fases dos trabalhos nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
 
 
Date of last modification: 31/05/2022, 16:50