O Hospital das Clínicas da UFPE abriu suas ações de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, o Setembro Verde, hoje (26). Ao longo desta semana, diversas atividades serão desenvolvidas em prol do tema, com destaque para o Simpósio “Transplante – A corrida pela vida”, que será realizado na quinta-feira (29), a partir das 8h, com informações a respeito da cirurgia e de todo o seu processo de captação, e voltado para profissionais, residentes e estudantes da área de saúde, no auditório do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE. Confira a programação completa do Setembro Verde do HC aqui. 

O simpósio abordará questões como o transplante renal e a captação de córneas no HC; o processo doação-transplante; a importância do acolhimento familiar no processo de doação; a avaliação clínica no transplante renal; a cirurgia de captação no doador; a cirurgia do transplante renal e depoimentos de familiares de doadores e de transplantados. Além do simpósio, haverá ao longo da semana distribuição de folhetos educativos e de laços da campanha, realização de rodas de conversa, exibição de vídeos, palestra sobre morte encefálica e afixação de cartazes e banners, entre outras ações.

“Campanhas assim ajudam a conscientizar e informar a sociedade. Para ser doador não é preciso deixar nenhum documento por escrito, apenas uma manifestação verbal aos familiares mais próximos já é suficiente. Todos os órgãos e tecidos doados são distribuídos pelas centrais estaduais de transplante com segurança e respeitando a lista única de transplante. A doação é um ato de amor e ela é anônima”, explica a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do HC-UFPE, Claudia Vilela.

A Cihdott do HC é uma das comissões com menor taxa de negativa familiar em todo o Brasil, realizando mais de 85% das captações de córneas de pessoas com morte encefálica e em condições de doar no hospital universitário. Além dessa captação, o HC-UFPE realiza transplante renal com doador vivo (intervivos) e recentemente retomou o procedimento com doador falecido, ampliando a sua capacidade.

Claudia Vilela salienta que o Brasil é referência mundial em transplante de órgãos, tecidos e células e possui o maior programa público do planeta nesse tipo de cirurgia. “Apesar do volume de transplantes realizados, o Brasil ainda tem uma fila de espera de mais de 45 mil pessoas, por isso é importante a campanha de doação para acelerar essa fila e salvar vidas”, destaca a especialista.

A doação pode ser realizada entre vivos (rim, parte do fígado, pulmão e medula óssea); após a morte encefálica que obedece rigorosos critérios técnicos (coração, pulmões, fígado, pâncreas, rins, intestino e de tecidos, como córneas, ossos, pele e válvula cardíaca); ou após a parada cardíaca (apenas tecidos).