Por Anísio Brasileiro, Ernani Carvalho e Gauss Cordeiro

O relatório internacional SCImago Institutions Rankings (SIR) de 2017, publicado recentemente, avaliou 5.250 instituições acadêmicas e de pesquisa do Planeta. Esse ranking incluiu 312 instituições da América Latina, sendo 131 brasileiras. O Brasil foi o país mais presente nesta classificação. O critério de inclusão é que a instituição tenha publicado pelo menos 100 artigos científicos que constam do banco de dados SCOPUS ao ano anterior da avaliação. Esse banco abrange mais de 20 mil periódicos de 5.000 editoras internacionais. As instituições foram classificadas pela combinação de três conjuntos de indicadores: pesquisa (50%), inovação (30%), impacto social (20%). Nesse ranking, a pesquisa é o foco.

A produção do conhecimento de qualidade constitui a função central das renomadas universidades. A produtividade científica permeia as atividades-fim com o objetivo de formar bons profissionais com conhecimentos técnicos, científicos, filosóficos e artísticos que produzam efeitos benéficos na sociedade. Para o SIR, a pesquisa científica é avaliada como uma média ponderada de vários indicadores: total de artigos publicados na base SCOPUS, colaboração com instituições estrangeiras, qualidade dos periódicos, excelência medida pelos 10% dos artigos mais citados por área de pesquisa, liderança dada pela quantidade de artigos onde o primeiro autor é da instituição, número de citações. A inovação é definida pelo número de artigos que geraram patentes e o percentual das publicações científicas citadas nas patentes. O impacto social é estimado pelos números de acessos aos sites da instituição e páginas visitadas.

No quadro das melhores instituições brasileiras, as três primeiras são as principais universidades públicas paulistas: USP, Unicamp e Unesp. As 12 demais instituições do ranking são, em ordem decrescente: UFRJ, Unifesp, UFRGS, UFMG, Fundação Oswaldo Cruz, UFSC, UnB, Embrapa, UFPR, UFPE, UFSCar, UFC. A UFPE persiste (como em outras classificações) como a melhor universidade do Norte e Nordeste e em 11ª posição entre as universidades brasileiras. Entre todas as instituições (acadêmicas ou não) está classificada no 23º lugar na América Latina.

A UFPE tem desenvolvido políticas de apoio à pesquisa, a exemplo dos editais de apoio aos pesquisadores e publicação em revistas de excelência. Esse trabalho é recompensado por essa posição de destaque, reconhecimento ao árduo trabalho que realizamos para fortalecer cada vez mais a UFPE como valioso patrimônio dos brasileiros. É essencial que todos tenham consciência do papel da pesquisa que gera conhecimento, permite a formação qualificada dos estudantes e a extensão que constrói cidadania. Esse é o papel da Universidade.

Anísio Brasileiro é reitor, Ernani Carvalho é pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e Gauss Cordeiro é professor titular da UFPE