O Programa O Programa

O programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de Pernambuco foi criado em 1989 como parte do então recém fundado Departamento de Química Fundamental. Ao emergir do grupo de Física Atômica e Molecular do Departamento de Física da UFPE em 1982, o DQF já apresentava uma vocação interdisciplinar com inúmeros docentes atuando na interface entre a Física e a Química. O PPG-Química mantém esta tradição formando pós-graduados vindos de áreas diversas tanto da Física, Engenharias como Biologia.

A Filosofia do PPG-Química é possibilitar ao estudante uma perspectiva integrada da Química através da pesquisa em áreas que conectem síntese – caracterização – modelagem computacional de sistemas moleculares. Esta perspectiva ocorre dentro de um contexto altamente interdisciplinar – os pós-graduandos da PPG-Química devem cursar além das disciplinas específicas ao seu tópico de pesquisa, disciplinas em áreas distintas daquelas em que pretendem se especializar. Esta formação diferenciada possibilita a qualificação de profissionais versáteis e atuantes em diferentes sub-áreas da química e ciências afins. O PPG-Química estimula particularmente a mobilidade dos pós-graduando para a realização de estágios no país e no exterior através de colaborações e programas institucionais. Pós-graduandos da PPG-Química participam em visitas científicas ou doutorados sanduíches em várias instituições nacionais e internacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia e USA).

O PPG-Química no Contexto Nacional

No Brasil os programas de pós-graduação são submetidos à avaliações trienais pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) desde 1964. Em 1995, uma escala nacional de pontuação foi implantada com um intervalo de 2 à 7. O PPG-Química possui conceito 6 (seis) de avaliação pela CAPES. Desta forma, o PPG-Química da UFPE é parte do seleto grupo de melhores pós-graduações no país e é atualmente o único programa de pós-graduação em todo o Norte e Nordeste com conceito de avaliação 6 (seis) pela CAPES.

Excelência do Corpo Docente

O sucesso do PPG-Química é resultado da reputação científica do seu corpo docente, o qual é composto por professores formados em áreas diversas através de instituições em diferentes países: Alemanha, Brasil, Canadá, Escócia, EUA, Inlgaterra, França, Itália e Suíça.

Química Teórica-Computacional

O DQF é reconhecido nacionalmente por uma longa tradição de pesquisa em Química Teórica e Computacional. Fundado e liderado até 2013 pelo Professor Emeritus Ricardo de Carvalho Ferreira (1928-2013), o Grupo de Química Teórica e Computacional da UFPE conta com 9 (onze) professores atuando nas áreas de Química Quântica e Clássica de novos materiais e moléculas biológicas, cobrindo escalas eletrônicas, atomísticas e mesoscópicas. Este é um dos maiores grupos de Química Teórica e Computacional do país. É interessante mencionar que o primeiro trabalho em Química Quântica da América Latina inteiramente pensado e desenvolvido no continente foi escrito pelo Professor Ricardo de Carvalho Ferreira (então Pesquisador do CBPF) em colaboração com os Professores Myriam e Mário Giambiagi (de Giambiagi, M. S.; Giambiagi, M.; Ferreira, R.; J. Chim. Phys. Phys.-Chim. Biol. 1964, 61, 697).

Recursos e Financiamento de Projetos Científicos no DQF/UFPE

O PPG-Química possui em seu quadro docente vários pesquisadores que são coordenadores de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) e Núcleos de Excelência em Pesquisa (PRONEX). Até 2013 o Professor Oscar Malta coordenou o INAMI - Nanotecnologia para Marcadores Integrados a qual incluiu mais de 100 pessoas entre pesquisadores e aEslunos de 15 instituições no Nordeste e Sudeste do Brasil. O Professor Flamarion Borges Diniz coordenou a rede Remult (Rede Mutitarefas de Materiais Especiais do Norte e Nordeste), a qual incluiu 8 instituições federais de ensino nos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Maranhão e Pará. Além dos recursos federais, a Remult também recebeu recursos de sua parceria com a Petrobrás com o objetivo de desenvolver pesquisa e prestar serviços para a indústria de Petróleo e Gás. Desta forma a Remult possuiu um escopo de atuação que atendendeu a diversos setores que demandam atividades de P&D em materiais avançados. Estes recursos propiciaram a consolidação de grupos existentes assim como a formação de novos grupos de pesquisa no DQF.

Além dos projetos de grande porte, inúmeros projetos de médio (CT-INFRA, MultiUsuário-FACEPE) e pequeno porte (Universal-CNPq, PRONEM-FACEPE, APQ-FACEPE) são coordenados por professores do PPG-Química.

Projetos Aprovados (2009-2013)

  • Instituto Nacional de Marcadores Moleculares Integrados: sediado no DQF/UFPE tem como missão desenvolver marcadores moleculares baseados em sistemas nanoestruturados com as mais diversas aplicações: diagnóstico de doenças moleculares, segurança de papel-moeda, indicadores ambientais.
  • Pronex – Núcleo de Excelência em Luminescência com Lantanídeos: Integração Teoria-Experimento.
  • Pronex – Design Estrutural e Estratégias de Síntese de Protótipos Moleculares.
  • Pronex – Estudos de QSAR para a Obtenção de um Larvicida Eficiente no Combate ao Aedes aegypti e um Anti-Incrustante para Ser Utilizado em Embarcações.
  • Análise de Uvas e Distinção Analítica e Quimiométrica de Vinhos Elaborados no Vale do Sub-médio São Francisco.
  • MultiUsuário-FACEPE – Cluster Multiusuário Neumann II: Laboratório de Processamento de Híbrido de Alto Desempenho de Modelagem e Simulação de Sistemas Complexos, Processamento de Imagens em Biomedicina e Medicina Assistida por Computação Científica.
  • CT-INFRA – Quiminfra 3: Química para Materiais Integrados, Nanodispositivos Fotónicos e Resolução Aanalítica: Desenvolvimento de uma Química de Fronteira na Região Nordeste.
  • CT-INFRA – Desenvolvimento de uma Química Biológica de Fronteira na Região Nordeste: Resolução Estrutural de Macromoléculas e Bio-imagem.

PPG-Química e outros Núcleos de Excelência na UFPE

O DQF e o PPG-Química estão fisicamente situados no Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) que possui outros programas de pós-graduação muito bem avaliados pela Capes como os Programas de Pós-Graduação em Física (conceito 7) e em Matemática (Conceito 5). Geograficamente localizado ao lado do PPG-Química/UFPE encontra-se também o CETENE (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste) que possui um amplo parque de equipamentos tecnológicos de última geração para realização de pesquisas avançadas nas áreas de Biotecnologia, Nanotecnologia, Microscopia Eletrônica e Microeletrônica. Esta proximidade facilita o desenvolvimento de projetos de pesquisa em estreita colaboração com pesquisadores desses outros importantes departamentos e centros de pesquisa da UFPE.

Infra-estrutura

O PPG-Química oferece infra-estrutura adequada para realização de trabalhos de pesquisa em nas áreas da química teórica e experimental. O Laboratório de Química Teórica e Computacional e seus sub-grupos possuem quatro laboratórios com estações de trabalho infividuas e vários clusters para processamento paralelo. Além destes computadores, a UFPE é parte da rede de centros de computação de alto desempenho instituída pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). São oito (8) unidades, denominadas Centros Nacionais de Processamento de Alto Desempenho (CENAPADs), operadas respectivamente pela UFRGS, UFMG, UFC, UNICAMP, UFRJ, UFPE, INPE e LNCC.  Os grupos experimentais (em orgânica, inorgânica, físico-química, analítica e materiais) além de seus próprios laboratórios, dispõem de uma Central Analítica com técnicos treinados para operar diversos equipamentos (RMN-1 (300 MHz), RMN-2 (400 MHz, em instalação), GC, GC-massa, HPLC-MS, GPC, Microscopia de Força Atômica, FT-IR, UV-VIS, DSC, TGA, Análise Elementar). Os trabalhos experimentais também contam com o suporte da oficia de hialotecnia (preparação de vidros especiais). A Central Analítica têm sido anualmente beneficiada com recursos do CT-INFRA aprovados por professores do PPG-Química.

Impacto Social

Além de atividades de ensino e pesqusia, o corpo docente da PPG-Química participa de inúmeras atividades de amplo impacto social, político-científico e fomento de interações entre a academia e a indústria. Alguns exemplos

  • Nucleação de novos Programas de Pós-Graduação em Química no Nordeste, notadamente nas Unversidades Federais da Paraíba (UFPB) e de Sergipe (UFS).
  • Colaborações e convênios com a Empresa Moura permitiram à empresa tornar-se competitiva e líder do mercado nacional de baterias. Esta atividade resultou em desenvolvimento econômico e social para a região assim como na geração de empregos.
  • Consultorias e cursos para o aprimoramento da produção industrial e do controle de qualidade para empresas no estado.
  • Fundação e coordenação do Espaço Ciência. Coordenação do Programa Interação Ciência e Educação: Geração de Novos Espaços de Educação para a Química. Este projeto propõe a criação de experiências pedagógicas inovadoras, colocando os estudantes de pós-graduação em contato com a realidade da educação básica brasileira, preparando-os para seu futuro como professores e estimulando professores de química do ensino médio a desenvolver programas de pós-graduação.
  • Criação do curso preparatório Professores do 3o. Milênio, um programa de ensino de alto impacto social que tem levado a um índice de aprovação de quase 40% em vestibulares. É o mais antigo programa pré-vestibular em funcionamento ininterrupto do Brasil (12 anos). Vários egressos do curso preparatório fazem parte ou passaram pelo PPG-Química-UFPE.
  • Criação do curso preparatório Rumo à Universidade do Governo do Estado de Pernambuco o qual atende à um grande número de estudantes do ensino médio preparando-os para a entrada na UFPE.
  • Coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) que oferece bolsas de estudos para que alunos do curso de licenciatura possam exercer a docência enquanto cursam o ensino superior. O estágio dos bolsistas é supervisionado por professores universitários (coordenadores) e professores do ensino médio (supervisores). Os bolsistas utilizam a prática experimental no laboratório e sala de aula para ensinar conceitos teóricos. Além disso, os alunos bolsistas também atuam como monitores, ajudando na supervisão de exercícios para a fixação dos conteúdos ministrados.

Adicionalmente, vários docentes da PPG-Química participam de comitês de assessoria do CNPq, FINEP e CAPES assim como atuam ativamente na política científica local e nacional. Este é o exemplo do Professor Mozart Neves Ramos, que foi Pró-Reitor acadêmico e posteriormente Reitor da UFPE por dois mandatos consecutivos). Foi também Secretário da Educação do estado de Pernambuco e é atualmente membro do Comitê Gestor do Programa Todos Pela Educação, uma aliança entre a sociedade civil, iniciativa privada, organizações sociais, educadores e gestores públicos de Educação que visa fazer da educação básica de qualidade um direito de todos os brasileiros até 2022. Um outro exemplo é o do Professor Alfredo Arnóbio de Souza da Gama, que atuou como Pro-Reitor Acadêmico e como consultor em vários comitês de avaliação de programas de Pós-Graduação nacionais do CNPq, CAPES, FINEP/PADCT e foi Diretor-Científico da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE).