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Dissertação é defendida amanhã (26) em Geociências

Defesa será às 10h na sala 522 do CTG

O Programa de Pós-Graduação em Geociências terá amanhã (26) a defesa da dissertação de mestrado “Amazonita Pegmatito Serra Branca – Campo Pegmatítico Vieirópolis (pb), Nordeste do Brasil: Caracterização Química e Mineralógica”. Desenvolvida pelo aluno Igor Manoel Belo de Albuquerque e Souza, sob a orientação das professoras Sandra de Brito Barreto e Ignez de Pinho Guimarães, a dissertação será defendida a partir das 10h na Sala de Projeções do Departamento de Geologia – Sala 522, localizada no 5º andar do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE.

A banca examinadora será composta pelos professores Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGeoc/CTG/UFPE), Ricardo Augusto Scholz Cipriano (UFOP) e Sandra de Brito Barreto (orientadora).

Resumo

O campo pegmatítico de Vieirópolis é caracterizado pela ocorrência de pegmatitos com amazonita e/ou berilo que se encontram hospedados no granito Serra Branca, além de incluir os plútons do granito Serra Negra. Este campo pegmatítico é o primeiro a revelar pegmatitos do tipo NYF (Nb-Y-F) e o único de importância econômica no domínio Rio Grande do Norte, estando fora da Província Pegmatítica do Seridó. O principal pegmatito desse campo, o Amazonita pegmatito Serra Branca, destaca-se pela mineralização de megacristais de amazonita sendo explorado como rocha ornamental de elevado valor econômico. Para caracterizar química e mineralogicamente este pegmatito, além de compreender as condições magmáticas de cristalização e a fonte dos granitos (Serra Branca e Serra Negra) e do pegmatito, utilizou-se dados de campo, petrográficos, difração de raios-X, química mineral e química de rocha total. O amazonita pegmatito Serra Branca ocorre como dique tabular de espessura 3-4m, direção NW-SE e caimento 45° WSW. Este pegmatito caracteriza-se por apresentar duas zonas; uma composta por megacristais de amazonita e quartzo, e outra constituída por quartzo e albita sacarodais. Apresenta uma ampla mineralogia acessória, destacando-se a ocorrência de mineralização sulfetada constituída por galena e aikinita, além da presença de berilossilicatos fenaquita e helvita, constituindo as primeiras ocorrências dessas espécies minerais de Be na Província Borborema. Quimicamente, este pegmatito é enriquecido em Cs, Rb, Pb, Nb e Ta. O plúton Serra Branca apresenta composições monzograníticas a quartzo-monzoníticas, metaluminoso a fracamente peraluminoso, cristalizado em condições de alta fO2, pressões entre 2.68 – 2.80kbar e temperaturas de 667°C – 670°C. Os plútons do granito Serra Negra são metaluminosos com composições entre quartzo-monzoníticas a sieníticas, também cristalizados sob condições de alta fO2, temperaturas entre 711°C – 751°C e pressões entre 4.72 – 5.42kbar. Estes granitos resultam de graus de fusão parcial distintos de fontes semelhantes e similares aos ortognaisses do complexo Caicó. O amazonita pegmatito Serra Branca deriva de magmas residuais evoluídos da cristalização do granito Serra Branca. No contexto geológico da Província Borborema, o Amazonita pegmatito Serra Branca, é o primeiro pegmatito granítico classificado como pertencente à família NYF da classe dos elementos raros, tipo da gadolinita.

Data da última modificação: 25/09/2019, 14:20