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Pós em Geociências promove defesa de tese sobre crocodilos do período cretáceo

A defesa ocorrerá na sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5º andar do edifício escolar do CTG

O Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFPE vai promover, hoje (6), às 14h, a defesa de tese de doutorado do aluno Rafael César Lima Pedroso de Andrade, intitulada “Descrição paleohistológica, inferências adaptativas, fisiológicas e evolutivas de notosuchia do cretáceo do Brasil (Archosauria, crocodyliformes)”.

A defesa ocorrerá na sala de Projeções do Departamento de Geologia (sala 522), localizada no 5º andar do edifício escolar do CTG e a banca examinadora será composta pelos professores Juliana Manso Sayão (orientadora), Gustavo Ribeiro de Oliveira (PPGEOC/UFPE), Renan Alfredo Machado Bantim (URCA), Marina Bento Soares (UFRGS) e Bruno Cavalcanti Vila Nova de Albuquerque (UFPE).

Resumo

Notosuchia são crocodilos terrestres que viveram durante o Cretáceo. A variedade nesse grupo implica em diferentes fatores adaptativo-fisiológicos que podem ser registrados na microestrutura óssea. Foram analisados ossos longos e fragmentos costais de Notosuchia a fim de descrever a osteohistologia, verificar padrões de crescimento e possíveis adaptações ecológicas. A metodologia seguiu protocolos paleohistológicos padrões. O complexo fibrolamelar está presente nos fêmures, tíbia e ulna de Stratiotosuchus maxhecthi e Baurusuchus sp. Em Pissarrachampsa sera a matriz é paralela-fibrosa com diminuição gradual do ritmo deposicional. As costelas apresentaram osso lamelar-zonal, arranjo vascular simples e remodelamento extensivo. Armadillosuchus arrudai apresenta tecido femoral com matriz paralela-fibrosa e vascularização simples. O espécime de Mariliasuchus amarali revelou-se um juvenil com complexo fibrolamelar, enquanto ossos da mão possuem tecidos secundários. Nenhuma amostra apresentou formação de lamelas circunferenciais externas. Notosuchia apresenta crescimento cíclico e variável, similar aos demais crocodiliformes, porém seu arranjo tecidual sugere maior atividade metabólica. Esse ritmo pode estar ligado à ecologia terrestre e/ou tamanho corpóreos o que parecer ser o caso dos Baurusuchidae. Tais indicativos sugerem para este grupo crescimento similar à Dinosauria, enquanto os Sphagesauridae à Crocodylia. A ausência de lamelas externas parece não implicar no crescimento indeterminado em Notosuchia, já que as mortes antes do crescimento assintótico poderiam estar sendo ditadas pela transição K-Pg. A diferença na fisiologia do crescimento em relação aos sobreviventes Sebecosuchia, Neosuchia e Eusuchia sugere que o crescimento lento e cíclico parece, de fato, ter sido determinante para a manutenção dos grupos após a extinção K-Pg.

Date of last modification: 06/08/2018, 12:59