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UFPE inaugura cinco usinas fotovoltaicas dentro das comemorações dos 75 anos da instituição

Economia anual estimada será de R$ 1 milhão quando todas as unidades estiverem em atividade

Por Ana Célia de Sá

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) inaugura, este mês, como parte das comemorações dos 75 anos da instituição, uma nova etapa do seu parque fotovoltaico. São cinco novas usinas para geração de energia elétrica a partir da matriz solar, sendo três no Campus Recife, uma no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) e uma no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru. Quando estiver totalmente em operação, com nove usinas, o parque fotovoltaico da UFPE terá capacidade de 1.608,59 kWp, produzindo anualmente cerca de 2.600 MWh. O montante total corresponde a, aproximadamente, 10% da energia consumida nos três campi, e a economia estimada será de R$ 1 milhão ao ano quando todas as unidades estiverem em atividade.

Fotos: Bernardo Sampaio

Usina instalada na Reitoria tem capacidade de 118,68 kWp

As novas usinas do Campus Recife serão oficialmente inauguradas, amanhã (12), às 9h, em evento restrito a convidados no Auditório Reitor João Alfredo, no prédio da Reitoria. O vídeo da cerimônia será disponibilizado no canal da UFPE no YouTube, a partir das 16h. As usinas estão localizadas na Reitoria, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG). Elas têm capacidade de 118,68 kWp, 162,84 kWp e 273,24 kWp, respectivamente. As unidades da Reitoria e do CCSA estão em operação desde o início do ano, e a do CTG começou a funcionar em junho. O investimento total foi de R$ 1,9 milhão, com recursos do Ministério da Educação (MEC).

No próximo dia 17, o CAA, em Caruaru, receberá a primeria de suas duas usinas fotovoltaicas. Ela terá a capacidade de 388,08 kWp. A segunda usina, com capacidade de 300,03 kWp, será inaugurada ainda este ano. Estão sendo investidos R$ 2,3 milhões, oriundos do MEC, nessas unidades. Os engenheiros que estão à frente de todos os trabalhos são Luis Gustavo Lopes e Paulo Alison Pessoa, respectivamente, fiscal e gestor dos contratos das usinas fotovoltaicas. A professora Elielza Barbosa também participa das ações. O evento de inauguração terá início às 15h. O vídeo da cerimônia estreia no dia 18, a partir das 10h, no canal da Universidade no YouTube.

Já a usina fotovoltaica do CAV será inaugurada oficialmente, no dia 20, às 10h, junto com a comemoração dos 15 anos do centro, que fica no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. O vídeo do evento estreia, no canal da UFPE no YouTube, a partir das 16h. Em operação desde junho, essa unidade tem capacidade de 351,12 kWp para geração de energia, e contou com investimento da ordem de R$ 1,1 milhão, por meio de emenda parlamentar.

No Campus Recife, são três usinas, já em funcionamento

DIVERSIFICAÇÃO – Segundo o reitor Alfredo Gomes, a diversificação da matriz energética da UFPE é uma das ações priorizadas pela atual gestão. “Representa, primeiro, um compromisso com a questão da preservação do meio ambiente, do nosso patrimônio ambiental, mas também a geração de economia para a Universidade por meio dessa iniciativa”, afirma ele.

“A ressignificação da matriz energética da UFPE é uma das ações estratégicas da gestão da Universidade, que objetiva um gradativo alinhamento com as pautas ambientas, a prática sustentável na geração de energias renováveis e a economicidade condicionada ao baixo custo de manutenção e operação das usinas”, reitera o superintendente de Infraestrutura da UFPE, Carlos Falcão.

Além das usinas inauguradas este mês, o parque fotovoltaico da UFPE possui outras três unidades em operação no Campus Recife, concebidas como pesquisas acadêmicas: Grupo FAE/DEN (1,6 kWp) e Biblioteca Central (3 kWp), instaladas, em 2004, sob a liderança do Grupo de Pesquisas em Fontes Alternativas de Energia (FAE/DEN/CTG), com coordenação da professora Elielza Barbosa, do Departamento de Energia Nuclear (DEN); e a usina da Dine-Positiva – Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (10 kWp), operando desde 2016, fruto de uma ação de cooperação entre UFPE e União Europeia, coordenada pelos professores Judith Kelner e Djamel Sadock, do Grupo de Pesquisas em Redes de Telecomunicações (GPRT/Centro de Informática – CIn).

“Além da redução significativa de gastos com as despesas com o pagamento de energia elétrica, a implantação destas unidades fotovoltaicas inaugura a transição energética na UFPE para uma matriz mais limpa. De acordo com nossos cálculos, quando todas as unidades estiverem em operação, a Universidade deixará de emitir cerca de 265 toneladas, por ano, de gás carbônico equivalente para a atmosfera. Estaremos iniciando, assim, um processo progressivo de descarbonização das atividades da UFPE em nossos três campi”, destaca o vice-reitor Moacyr Araújo.

CONEXÃO COM A REDE ELÉTRICA – Todas as usinas do parque são concebidas para operar no modo “on-grid”, ou seja, conectadas à rede elétrica das áreas contempladas. Assim, toda a energia produzida é injetada no sistema da unidade. Nos momentos em que o consumo da edificação é inferior à energia fotovoltaica gerada, como nos finais de semana, o excedente é “exportado” para a rede de distribuição do campus, sendo consumido em outros setores. Vale ressaltar que nenhuma usina foi dimensionada para suprir 100% da energia do local, e todas as unidades ainda consumirão energia da Celpe.

Da concepção à implantação, o parque fotovoltaico da UFPE envolve diversos setores, como o Gabinete do Reitor, a Pró-Reitoria de Planejamento Orçamentário e Finanças (Proplan), a Pró-Reitoria de Gestão Administrativa (Progest) e a Superintendência de Infraestrutura (Sinfra). Uma vez em operação, as usinas passam a ser geridas pela Sinfra.

Data da última modificação: 23/08/2021, 19:24