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Celeiro de bons pesquisadores, a UFPE também é tema de pesquisas científicas

Diretora do SIB destaca que estas pesquisas geram ciclo de ganhos para comunidade acadêmica, mas principalmente para o desenvolvimento da sociedade

Por Renata Reynaldo

Nenhuma instituição chega aos 75 anos sem produzir uma marca identitária e uma massa crítica. E, na UFPE, o resultado desse “caldo” é que, em praticamente todas as áreas do conhecimento, a Universidade não só fomenta a pesquisa científica, a partir do ensino, da oferta de bolsas e de editais de apoio financeiro ou de material, como também serve de mote, ela mesma, para estudos acadêmicos. Numa busca rápida pelo Repositório Digital Attena, que abriga teses e dissertações desenvolvidas nos programas de pós-graduação – são 149 stricto sensu e 27 lato sensu (especializações) – encontram-se trabalhos cujo assunto é a própria Federal, como ela é distinguida em Pernambuco.

Foto: Passarinho

Produção científica sobre a Universidade serve também para aprimorar serviços

Dentre os estudos achados a partir de uma pesquisa aleatória, encontramos dissertações sobre “O Impacto da Assistência Estudantil na permanência dos estudantes do Centro Acadêmico do Agreste”, de autoria de Aline Galindo, em 2018; “Estudos de novas fontes de financiamento nos hospitais universitários – o caso do Hospital das Clínicas”, de Humbelina Lagioia, em 2002; e “O processo de aquisição de materiais bibliográficos na UFPE sob a perspectiva da racionalidade: mapeamento das etapas a partir do curso de Gestão da Informação”, produzido por Andréia Alcântara, em 2014, entre centenas de outros que tiveram a Universidade como campus de estudo.

OUTRO OLHAR – Andréia que, por sinal, é a diretora da Biblioteca Central e do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIB) da UFPE, tem uma opinião sobre essa, digamos, introspecção do locus de pesquisa. “Quando a própria universidade é analisada sob outro olhar, a ótica do pesquisador, especialmente sendo este servidor da mesma, é dada a ele dupla oportunidade de dar retorno à sociedade; tanto do investimento em sua formação, como também no aprimoramento dos serviços que ele deve entregar ao cidadão”, afirma. E esse movimento, segundo a bibliotecária, “gera um ciclo de ganhos não apenas para comunidade acadêmica, mas principalmente para o desenvolvimento da sociedade local”.

No seu estudo, a autora identificou processos relacionados com a aquisição de materiais bibliográficos na UFPE sob a luz de teorias consolidadas, outras pesquisas realizadas e também consultou sobre essa operacionalização em outras universidades de referência no país. E, como resultado, apontou falhas e sugestões de melhorias, visando um processo mais célere na disponibilização do livro à comunidade acadêmica e externa, também usuária do SIB. “Por tudo isso”, opina, “é importante percebermos as universidades, também, como objeto de análise, para compreender e contribuir com o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, que são a tríade responsável pelas respostas (cada vez mais urgentes) das demandas apresentadas pela sociedade”.

Para a pró-reitora de Pós-Graduação da UFPE, Carol Leandro, de fato, quando uma universidade atinge um patamar de produção científica como a nossa Federal, é interessante esse olhar para si mesma; confere o tanto que as nossas pesquisas impactam a sociedade. “Quando ocorre esse olhar para dentro, se dá um processo interessante, similar à autoavaliação institucional, o que, aliás, está em processo intenso de institucionalização, sobretudo na pós-graduação”, afirma. Ela complementa: “Essas pesquisas sobre práticas internas possibilitam identificar nossas principais características e, quando necessário, um ajuste de rota da instituição”. A pró-reitora avalia, ainda, que “é natural que a UFPE, por sua grandiosidade e diversidade, reproduza um recorte de toda a sociedade, o que termina por servir de objeto de estudo para diversas áreas do conhecimento”.

Data da última modificação: 23/08/2021, 19:08