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Plastinação para conservação de cadáveres é usada no Campus Vitória
A técnica, ainda pouco utilizada, é vantajosa porque os espécimes que passam pelo processo são inodoros e atóxicos
O Laboratório de Anatomia do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), campus da UFPE localizado em Vitória de Santo Antão, está aplicando a plastinação para conservação de cadáveres utilizados para fins de ensino e pesquisa. A técnica, ainda pouco utilizada, é vantajosa porque os espécimes que passam pelo processo são inodoros e atóxicos, por não utilizarem o formaldeído na conservação, além de se tornarem resistentes, aumentando a durabilidade deles.
Fotos: Divulgação
Técnica é repassada para profissionais do CAV
Com a técnica, água e lipídios dos tecidos são substituídos por polímeros, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis. São quatro passos principais: fixação em formaldeído 10%, desidratação, impregnação do polímero e endurecimento do polímero. As propriedades finais da peça dependem do tipo de polímero utilizado. O silicone, por exemplo, proporciona peças flexíveis e com bons resultados.
André Pukey aprendeu a técnica em evento no Espírito Santo
O técnico de Anatomia e Necropsia André Pukey, do Laboratório de Anatomia do CAV, foi quem implantou a técnica no local, em janeiro deste ano. Ele indica os pontos positivos da plastinação: “A durabilidade das peças cadavéricas, já que ainda é bastante difícil a aquisição no Brasil, e a eliminação do formol, extremamente tóxico, durante o manuseio em aulas pelos servidores e alunos.”
Atualmente, Pukey, que também é membro da Sociedade Internacional de Plastinação, está capacitando dois técnicos e os estagiários do Laboratório de Anatomia na plastinação, que foi criada pelo alemão Gunther von Hagens. Pukey conta com apoio, nesta atividade, dos técnicos de Anatomia e Necropsia do Laboratório de Anatomia do CAV Rosane Galvão e Ewerton Fylipe Araújo e da mestranda em Ciências Biológicas (UFPE/Recife) Maria Rosana Ferreira.
“Como é pioneiro em Pernambuco, ainda estamos iniciando [os treinamentos]. Algumas peças já foram feitas”, explicou Pukey. Ele aprendeu a técnica da plastinação, em 2015, durante a XI Conferência Interina Internacional de Plastinação, realizada no Espírito Santo.
Mais informações
André Pukey
pukeyanatomia@gmail.com