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Startup inova utilizando resíduos de pescados na produção de laticínios

A partir da aplicação de farinha e óleo de camarão, a empresa desenvolveu uma nova linha de produtos como o queijo com cor e sabor de camarão

Fotos: Divulgação

Novos produtos lácteos são desenvolvidos pelos pesquisadores

Desenvolver produtos voltados ao atendimento das demandas emergentes do campo da indústria de laticínios. Esse é o objetivo da LactoQuito, startup pré-incubada no Polo Tecnológico e Criativo Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desde 2021. A empresa tem focado suas atividades na preparação e avaliação de novos produtos lácteos com propriedades funcionais, de conservação e maior produtividade, desenvolvendo alternativas inovadoras, sustentáveis e viáveis economicamente. Ela tem chamado atenção por conseguir integrar ciência e tecnologia associadas a uma visão multimercadológica, colaborativa e regionalizada.

A empresa trabalha com a aplicação de biomoléculas ativas extraídas a partir de resíduos do processamento de pescados. A tecnologia inovadora produzida pela Lactoquito se baseia na introdução de quitosana no leite para produção de queijo, trazendo com isso uma solução técnica no processo de produção de queijo de coalho com resolutividade para os problemas relacionados com a matéria-prima.

Queijos com cores e sabores diferentes

“Trazemos para indústria um produto inovador e de grande aceitabilidade para os consumidores, que permite à rede de produção ter um produto durável e com grande qualidade para o mercado de laticínios”, explica Elizabel Oliveira Silva de Melo, coordenadora da startup e egressa do Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Para isso, foi formada uma parceria com outra startup, a Bioingredientes, em que é desenvolvida uma nova linha de produtos contendo farinha e óleo de camarão e que gera novos produtos como o queijo com cor e sabor camarão.

Sobre o estágio de desenvolvimento em que os projetos se encontram, Elizabel explica que a startup procura agora a validação dos seus produtos. “Ainda não é possível lançá-los no mercado, pois estamos buscando registrar os produtos nos órgãos competentes”, explica. A empresa está registrada em Garanhuns, mas busca outras instalações físicas. As extrações dos biopolímeros e ingredientes utilizados nos produtos são realizadas na UFPE.

Pesquisadores aliam tecnologia e ciência na criação dos produtos

A startup tem o apoio do Fundo Inovar, vinculado Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), do Fundo de Inovação do Estado de Pernambuco (Inovar-PE), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco (Secti) e do Programa Pró-Startups. “Esse apoio é muito importante nessa fase inicial para estruturação da empresa”, explica. Além de Elizabel, também integram a equipe da LactoQuito o professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica Ranilson de Souza Bezerra e o coordenador técnico e pós-doutorando Thiago Barbosa Cahú.

O Polo Tecnológico e Criativo da UFPE, também chamado de Polo TeC, é o ambiente industrial, tecnológico e criativo da Universidade. Ele se caracteriza pela presença dominante de startups de base tecnológica que tenham vínculo operacionais com as pesquisas na UFPE, com recursos humanos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposição ao intercâmbio entre o ecossistema de inovação universitário para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias, em consonância com a Lei de Inovação Tecnológica (Lei Nº 10.973/04).

Mais informações
Elizabel Oliveira Silva de Melo
(87) 99638.9286

elizabelmelo@gmail.com 

Date of last modification: 21/06/2022, 17:14