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Professor de Comunicação da UFPE lança livro sobre memória, trajetória e experiências com a música, especialmente o rock

Jeder Janotti narra sua simbiose entre academia e a música em obra memorialista

O professor Jeder Janotti Junior, do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está lançando o livro “Memorial de Antiajuda Acadêmica”, uma obra sobre memória, trajetória e (auto)reflexões para se repensar a potência e os limites da vida nas universidades. A narrativa contada em primeira pessoa se debruça sobre vivências pedagógicas, experiências com a música (especialmente o rock) e traça um breve perfil das universidades brasileiras e da pesquisa em comunicação.

A publicação será lançada em um evento virtual, amanhã (2), às 18h30, através do canal da UFPE no YouTube. A mediação será feita pelo editor e escritor Rodrigo Acioli, com a presença do professor Jeder Janotti Jr. e a professora e escritora Bernadette Lyra. O livro está disponível para comprar no site; ou diretamente com o autor preenchendo o link.

Através de capítulos que levam nomes de clássicos do rock e da MPB, o autor tece uma narrativa que parte da adolescência como músico em Vitória (ES), até firmar a trilha como um dos principais pesquisadores de música e comunicação do país. Antes de seguir caminhos já cartografados, o fio narrativo do livro aposta no entranhamento entre experiência e práticas da experiência com a música. O leitor também é apresentado aos conceitos que entrecortam as pesquisas de Janotti como música popular massiva, gêneros musicais, territorialidades, cenas, partilhas, conflitos, disputas e materialidades. 

“Minha ideia é de que não existe um método para que minha trajetória biográfica não sirva de modelo, no máximo ela pode proporcionar alguma centelha de inspiração. Antiajuda é um conceito que trago para reafirmar que esse memorial não é um manual, não que busca ensinar como se tornar um acadêmico, mas uma forma de partilhar como fui do conhecimento de si para a busca da sabência”, explica Janotti.

Esse memorial é, também, sobre os encontros das mais variadas ordens: com o primeiro disco de rock, com a primeira universidade e com pessoas elementares para a trajetória do pesquisador, como a escritora e professora Bernadette Lyra. “Foi ela que me convenceu que, por trás da energia dispersa de meus vinte e pouco anos, havia algo que poderia resultar em um mestrado e posteriormente em uma vida dentro das universidades”, explica o autor.

Partindo do rock como um demarcador para uma certa resistência e a busca por modos alternativos de vida, Memorial de Antiajuda Acadêmica é um lugar para narrativas e fabulações sobre os caminhos acadêmicos e as formas de se encontrar como pesquisador. Para além de um documento que demarca o título de Professor Titular, apresentado em 2019, o livro tem como escolha estilística uma narrativa pessoal e, ao mesmo tempo, acadêmica. “As exigências deste documento são bem burocráticas com citações de números de publicações, orientações etc; decidi tentar uma viagem mais pessoal, extirpar dados e descrições chatas e pensar sobre a trajetória daquele garoto que sonhava em ser baterista de uma banda de heavy metal e que acabou professor titular”, pontua o professor.

Date of last modification: 01/09/2021, 20:33