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HC promove ações de conscientização sobre o Acidente Vascular Cerebral

29 de outubro é o Dia Mundial do AVC, doença que pode trazer sequelas irreversíveis ao paciente

Neste sábado (29), é comemorado o Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral), data em que os profissionais da área da saúde realizam ações de conscientização sobre a doença em todo país. Ontem (25) à tarde, acadêmicos e residentes do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE fizeram panfletagem e conversaram com a comunidade do hospital sobre o AVC, seus sintomas, consequências e tratamento. O trabalho teve a orientação do médico e preceptor da Residência em Neurologia do HC, Eduardo Melo.

Conhecida popularmente como derrame, a doença ocorre devido a uma alteração do fluxo de sangue no cérebro, matando as células nervosas da região atingida. Segundo o Ministério da Saúde, o AVC é responsável pela morte de mais de 100 mil pessoas todos os anos no Brasil. O AVC é considerado uma doença grave, pois consegue alterar patologicamente o corpo do indivíduo, causando sintomas neurológicos como fraqueza em um lado do corpo, alteração motora e da fala, desvio da boca, perda visual e tontura, o que implica diretamente na qualidade de vida.

“As consequências de um AVC podem ser devastadoras, tanto nos casos que vão a óbito, na fase aguda, quanto nos que ficam com sequelas. Uma parte considerável deixa de retornar ao trabalho e a vida social; então, o impacto disso nas pessoas, principalmente nos mais jovens, em relação a produtividade e capacidade laboral, é muito grande”, afirmou Eduardo Melo, que é professor de Neurologia do Centro de Ciências Médicas da UFPE.

O neurologista ainda explica que existem dois tipos de Acidente Vascular Cerebral, o isquêmico e o hemorrágico. No primeiro caso, há obstrução de algum vaso e a área do cérebro relacionada a esse vaso perde a função, sendo esse tipo o responsável por cerca de 85% dos casos. Já no segundo, que está mais relacionado a quadros de hipertensão arterial, há um sangramento cerebral por ruptura de um vaso.

O derrame cerebral não possui cura, restando apenas prevenção e tratamento, por isso a importância do diagnóstico precoce do tipo da doença ainda na fase aguda. Dessa maneira, o melhor procedimento de recuperação poderá ser aplicado ao paciente.

“Uma parte importante do tratamento é a reabilitação. Os pacientes que ficaram com alguma sequela neurológica precisam fazer a reabilitação com fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional, com educador físico ou psicológico – porque é muito comum depressão pós AVC. Então essa também é uma parte fundamental”, disse Eduardo Melo.

De acordo com o especialista, a prevenção da doença está diretamente ligada ao estilo de vida saudável do indivíduo. Isso porque fatores que podem ocasionar um AVC podem ser mudados ao decorrer da vida. “Prática de exercícios regular, dieta saudável, controle da glicose, lipídios, colesterol e triglicerídeos, não fumar e não beber em excesso, são os fatores de riscos mais importantes que devem ser prevenidos”, informa o médico.

EVENTO - No próximo sábado (29), às 8h, será realizada uma ação de conscientização, com aferição de pressão e distribuição de material didático sobre a prevenção e identificação do AVC. As equipes vão estar divididas em três locais distintos: no Parque Dona Lindu, no Parque da Jaqueira e no Marco Zero. O evento envolve as ligas acadêmicas e diversos hospitais de Pernambuco, incluindo o HC, que é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Date of last modification: 26/10/2022, 16:28