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HC e Fade lançam projeto de captação de recursos para ampliar o número de cirurgias bariátricas por ano

Poderão participar como doadores pessoas físicas, jurídicas, consórcios e grupos de empresas que podem contribuir com qualquer valor

Triplicar o número de cirurgias bariátricas realizadas por ano no Hospital das Clínicas da UFPE, passando das atuais 100 para 300. Esse é o principal objetivo do projeto “Tratamento Cirúrgico da Obesidade Severa em Pacientes do SUS” do HC em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da UFPE para captar recursos por meio de edital de chamada pública para viabilizar a ampliação desses procedimentos no hospital universitário. Poderão participar como doadores pessoas físicas, jurídicas, consórcios e grupos de empresas que podem contribuir com qualquer valor. O edital pode ser conferido aqui. E as inscrições para doação devem ser feitas aqui. As doações podem ser feitas também pelo Banco do Brasil, Agência 3234-4, Conta 233.045-8. A chave PIX é o e-mail doacaobariatrica@fade.org.br.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, existem hoje no país quase 6 milhões de pessoas com indicação de cirurgia bariátrica, das quais 4,5 milhões estão no Sistema Único de Saúde (SUS). No ano em que mais pessoas foram operadas no SUS (2019), foram 12,5 mil, ou 18% desse tipo de cirurgia no Brasil. Com a pandemia de covid-19, esse número caiu 81%. Em Pernambuco, dados estimados mais recentes, de 2018, indicavam que 315 mil pessoas estavam elegíveis para a cirurgia.

“Cada cirurgia bariátrica por videolaparoscopia feita no SUS gera um déficit de R$ 5 mil a R$ 6 mil para o hospital. Então, quanto mais cirurgias são feitas maior é o prejuízo e é por isso, que, de maneira geral, os hospitais não conseguem realizar a quantidade de cirurgias necessárias para a fila de espera andar mais rápido. Nosso objetivo com esse edital é minimizar esse déficit e realizar mais cirurgias sem comprometer o orçamento beneficiando as pessoas que estão esperando na fila”, explica o supervisor da Área Assistencial de Cirurgia Geral do HC e professor da UFPE, Álvaro Ferraz.

Álvaro Ferraz destaca que a técnica de cirurgia por videolaparoscopia, a adotada pelo HC, é minimamente invasiva e, portanto, apresenta menos complicações pós-cirúrgicas e recuperação mais rápida ao paciente proporcionando maior qualidade de vida, sendo mais segura e eficiente em comparação à técnica mais tradicional, ainda muito utilizada no SUS (93,5%).

A obesidade severa é caracterizada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 kg/m² e associação a alguma comorbidade como diabetes, hipertensão etc. No HC, a doença é tratada por uma equipe multiprofissional (com médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais entre outros) com abordagem multidisciplinar e tem a cirurgia bariátrica como principal procedimento para a perda sustentável de grande quantidade de peso.

Segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 2 bilhões de pessoas com excesso de peso ou obesidade no planeta, sendo um grande desafio de saúde pública global. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças como hipertensão arterial, diabetes do tipo 2, complicações cardiovasculares, câncer, entre outras, e agravar outras enfermidades, como a covid-19, por exemplo. A perda de peso sustentável determinada pela cirurgia salva e dá qualidade de vida a essas pessoas de forma mais rápida e segura.

O valor doado custeará os procedimentos, diminuindo a demanda por cirurgia bariátrica no HC e no SUS, beneficiando os pacientes portadores de obesidade severa dos impactos dos inúmeros riscos à saúde relacionados à obesidade. Os resultados serão divulgados a cada seis meses nas plataformas de comunicação da UFPE, do HC e da Fade-UFPE. Pedidos de esclarecimentos referentes aos termos do edital de Chamada Pública deverão ser feitos pelo e-mail fade@fade.org.br.

Date of last modification: 19/08/2022, 12:23