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Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação promove defesa de dissertação sobre vulnerabilidade de praias de Fernando de Noronha

Apresentação acontece na sexta-feira (15) às 10h, via Google Meet

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação da UFPE promove a defesa de dissertação de mestrado do aluno Roberto Lúcio Belo de Souza Júnior, na sexta-feira (15) às 10h, via Google Meet. Interessados em assistir devem entrar pedir o link através do email pgcgtg@gmail.com. É recomendado aos que se entre na sala virtual com o microfone e câmera desligados.

Com o título “Vulnerabilidade em Ambiente de Praias Arenosas da Ilha de Fernando de Noronha utilizando-se Aerolevantamento por Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado)”, o trabalho teve a orientação da professora Maria das Neves Gregório (docente colaboradora do PPGCGTG). A banca examinadora tem a participação dos professores Francisco Jaime Bezerra Mendonça (Departamento de Engenharia Cartográfica) e Carlos Alberto Borba Schuler (Departamento de Engenharia Cartográfica).

Resumo

As praias arenosas da Ilha principal do Arquipélago de Fernando de Noronha, que leva o seu homônimo, distrito do Estado de Pernambuco, situada no Nordeste do Brasil, no Oceano Atlântico Sul Equatorial, apresentam uma alta frequência turística, se destacam pelas belezas naturais e encontram-se como um dos principais destinos turísticos do Brasil. A presente pesquisa teve como objetivo identificar os agentes naturais e antrópicos que afetam o meio ambiente das praias arenosas setentrionais da ilha de Fernando de Noronha, a fim de avaliar a vulnerabilidade das praias: Conceição, Boldró, Bode, Quixambinha e a praia da Cacimba do Padre, em razão das ações antrópicas e da dinâmica da natureza à erosão costeira. Para isso, foram utilizados geoindicadores, geomorfólogicos e sedimentológicos, do ambientes de praia no litoral noronhense, como as variáveis, declividade, largura de praia, elevação do terreno, vegetação e ocupação humana, em combinação espacial a partir de camadas raster e executadas a través de metodologias de álgebra de mapas. Os dados de campo foram obtidos a partir de ortomosaicos processados de aerolevantamento com vant (veículo aéreo não tripulado), incluindo a fase de processamento fotogramétrico, pontos de controle medidos com pares de receptores GNSS (RTK) por Salim (2019), mapeamento das áreas estudadas, com a coleta de sedimentos nos ambientes de praia, medições da linha de costa atual e registro fotográficos. O processamento da evolução da linha de costa foi realizado através do programa de análise espacial de variação de linha de costa DSAS-USGS. A partir desses dados, foi possível produzir informações espaciais sobre a vulnerabilidade costeira, utilizando a metodologia dos pesquisadores Berger (1997) e Bush et al. (1999) Gornitz et al. (1994), Cobum (2002) e Mazzer (2007). Os resultados mostraram uma declividade suave e a presença de águas deixadas pela maré alta (maceiós). Essas praias apresentaram sedimentos finos, presentes no estirâncio, vegetação no ambiente praial quase inexistente e uma pós-praia reduzida ou ausente. A variação da linha costa entre os anos de 2019 e 2021 apresentaram taxas de recuo da linha de costa que compreendem as praias da Conceição (recuo -1,20 m/ano), Boldró (recuo -4,04 m/ano), Bode (recuo -8,41 m/ano), Quixambinha (recuo -14,05 m/ano) e Cacimba do Padre (recuo 0,18m/ano). A vulnerabilidade nas praias estudadas foi avaliada como alta, pois a ocupação humana, através de instalação de edificações, e remobilização de sedimentos no ambiente pós-praia e associada à alta energia nesses ambientes, potencializam a erosão nesses locais.

Date of last modification: 12/07/2022, 15:49