Por Anísio Brasileiro e Silvio Romero Marques

No artigo publicado no último sábado, neste JC, abordamos a história da Universidade Federal de Pernambuco sob a ótica do tema Tempos Transversos, abraçado nas comemorações de seus 70 anos que ora se encerram. Dividimos a história em cinco momentos e, neste artigo, abordaremos os dois últimos. No 4º, 40 anos depois da reforma universitária, numa conjuntura de crescimento da economia, o governo federal lançou, em 2006, uma nova política com foco na interiorização, nas cotas sociais e na reestruturação das universidades, com a criação de cursos e realização de concursos.

A UFPE, no reitorado do professor Amaro Lins, participou intensamente desse momento com a criação dos campi em Vitória e Caruaru, que reúnem, 10 anos depois, cerca de 7 mil estudantes que, talvez, em sua maioria, nunca tivessem acesso à educação superior pública de qualidade.

A UFPE, hoje, conta com 12 centros acadêmicos, 3 campi, Hospital das Clínicas, que atende mais de 15 mil pacientes por ano, duas emissoras abertas de rádio e uma de TV, 14 bibliotecas, editora, Colégio de Aplicação, dezenas de laboratórios e Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, que desenvolvem intensa cooperação internacional com as principais universidades do mundo.

No contexto atual de predominância da economia digital, novos desafios se põem à UFPE que, rumo aos 80 anos, reafirma o compromisso com a qualidade da formação acadêmica, com pesquisas que respondam localmente a problemas globais, e com um projeto internacional ancorado nas redes de conhecimento entre instituições de relevo mundial. Nesse 5º momento da nossa trajetória, concluímos as celebrações dos 70 anos com exposições, simpósios, concertos que serviram para realçar a nossa alegria e honra de pertencer a uma das mais prestigiosas instituições de educação do Brasil.

Mas outras datas já surgem no horizonte, com a instituição já olhando para 2027, ano de referência para nosso Plano Estratégico Institucional e ano do bicentenário da Faculdade de Direito do Recife. As datas se sucedem e apontam para o mesmo sentido: uma história de força e prestígio. Tudo resulta do engajamento de professores, técnicos administrativos e estudantes. E do apoio da sociedade, empresas e governos.

Anísio Brasileiro é reitor da UFPE e Silvio Romero Marques, presidente das comemorações dos 70 anos